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sábado, 17 de janeiro de 2015

Resultado do Enem mostra fragilidade na leitura e na escrita, dizem professores

Na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apenas 250 pessoas tiraram a nota máxima 1000 – enquanto 529.374 zeraram a redação. Os números, segundo especialistas, revelam fragilidade no ensino e na formação de jovens que, cada vez menos, conseguem articular ideias próprias. Faltam leitura e prática de escrita. “É um número expressivo. Estamos falando de meio milhão de jovens que tiraram zero. A maioria não conseguiu sequer se prender ao tema. O nosso aluno do ensino médio é aquele que não consegue ler o tema proposto, não está conseguindo escrever minimamente dentro do que foi pedido”, analisa o professor do Colégio JK, em Brasília, Marcelo Freire. O balanço divulgado pelo Ministério da Educação mostra que 217.339 zeraram a prova por fugir ao tema, esse foi o principal motivo para a anulação. Para Freire, os números devem servir de alerta também para a outra ponta. Dos quase 6,2 milhões que fizeram a prova, apenas 250 conseguiram a nota máxima. Na edição anterior, em 2013, entre os 5 milhões que fizeram o exame, 481 obtiveram a nota 1000 e 106.742 zeraram. Ele explica que o aluno nota máxima é o que entende os critérios do Enem, que se prepara, mas não se trata “de um novo Machado de Assis, de um superdotado. É bom aluno, que está preparado para falar sobre qualquer tema. São poucos os que podem apresentar o que se espera do bom aluno”, diz. O resultado pode, no entanto, servir para que haja uma mudança no sistema de ensino, segundo Freire. O coordenador de Redação do Colégio Sigma, Eli Guimarães, concorda que as escolas passarão a dar mais valor à produção textual. Ele defende que não apenas a disciplina de português, mas todas as disciplinas trabalhem a leitura de vários gêneros textuais. “O texto, seja ele qual for, verbal e não verbal, tem que ser o elemento central no processo de ensino e aprendizagem”, diz. Leia mais na Agência Brasil.  Mariana Tokarnia, Agência Brasil

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