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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

'Quero mostrar que é possível', diz travesti cotada a reitora no Ceará

Júlia Dias Carneiro e Luciani Gomes Da BBC Brasil no Rio de Janeiro 
Luma Andrade, na foto que postou no fb convidando amigos para a defesa de sua tese (Foto: Arquivo pessoal) 

"Para mim é uma felicidade ser a primeira nas coisas mas também uma tristeza. Quantos não estão desistindo da escola por serem hostilizados?", diz professora travesti cotada para reitoria. 

Luma Andrade já se acostumou a ver suas conquistas repercutirem nacionalmente: tornou-se a primeira travesti doutora do Brasil, a primeira travesti professora de uma universidade federal e agora pode se tornar a primeira a chegar à reitoria de uma universidade. 

Uma campanha pelo seu nome – batizada de "Luma Lá" – está sendo feita por um grupo de alunos na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), na cidade de Redenção, no Ceará. 

Cautelosa, Luma lembra que a escolha do novo reitor cabe ao Ministro da Educação e diz ser tão qualificada quanto os outros docentes da instituição. 

Mas o simples fato de ter sido escolhida por um grupo, além de uma honra, afirma, é uma vitória pelo exemplo que estabelece para transgêneros como ela: o de que "é possível". 

"A história da minha vida quer dizer isso: 'É possível'. É possível ser travesti e ser professora, é possível ser travesti e ser doutora, é possível ser travesti e ser gestora e agora é possível até ser reitora, um espaço em que jamais se pensou", disse, em entrevista por telefone à BBC Brasil. LEIA TUDO AQUI

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