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domingo, 4 de janeiro de 2015

Polícia paraguaia mantém relações com narcotraficantes, afirma jornal

Apenas 24 horas após uma mudança em massa de chefes em muitas delegacias de polícia paraguaias, o senador Luis Alberto Wagner e o jornal ABC Color divulgaram dados sobre uma suposta vinculação mantida por eles com narcotraficantes.

Reprodução Novos chefes de polícia no Paraguai podem ter vínculos com o narcotráfico.

Um tipo de mapa referido especialmente ao departamento de Canindeyú, ao norte do país, foi publicado apontando as quantias de dinheiro recebidas por elas para proteger com seu silêncio o tráfico de alucinógenos, fundamentalmente maconha, para países vizinhos.

A grave denúncia mostrou que chefes de delegacias e subdelegacias contribuíam parte dessas "arrecadações" com seus superiores diretos para permanecer nos pontos lucrativos do departamento, em que sicários assassinaram o jornalista Pablo Medina e sua assistente Antonia Almada.

Wagner, dirigente do Partido Liberal, não apenas confirmou a existência do esquema em Canindeyú senão que disse que só pode funcionar com proteção política e acusou diretamente à deputada do governante Partido Colorado Cristina Villalba e o seu irmão Carlos de manejar a zona.

Há um mapa onde se mostra delegacia por delegacia de acordo a se é ou não um corredor importante e as pessoas de lá sabem quem participa do esquema, todos sabem, todos vêem, mas ninguém faz nada para reprimir, pois há proteção do mais alto nível, disse.

Acrescentou que, de acordo à importância do corredor pelo qual passa a droga, estabelece-se o preço que deverá ser pago pelos chefes policiais aos seus superiores a fim de continuarem ocupando o cargo.

Por sua vez, o ABC Color publicou integralmente o mencionado mapa com as quantias supostamente pagas pelos chefes de cada uma das delegacias e até os cargos policiais, apontando para que a informação é produto de uma investigação realizada pelo meio de comunicação.

No entanto, Wagner considerou os números publicados apenas como "o que volta" de todo o dinheiro circulante, porque o montante real é muito mais e se calcula em 400 milhões de dólares anuais o que narcotráfico movimenta nessa região do país.

O senador assegurou que sem a proteção de altas esferas policiais e judiciais aos traficantes isso seria impossível em Canindeyú e afirmou que dois policiais apreenderam 500 quilos de maconha e em vez de serem premiados foram imediatamente transferidos.

Na informação publicada destacadamente pelo ABC apontou-se que estar a cargo de uma delegacia, uma subdelegacia ou um posto policial na zona quente do tráfico de maconha é rentável economicamente e esse foi motivo principal para as mudanças efetuadas ontem. Fonte: Prensa Latina

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