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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Deputados cortam salários pela metade em Burkina Faso, na África

Foto: AFP-Por Rinaldo de Oliveira
Você acreditaria se alguém disse que deputados e senadores brasileiros cortaram os salários deles pela metade?
Mas no parlamento de Burkina Faso, na África isso aconteceu e por um motivo forte: a pressão popular, que teve discussões acaloradas pelas redes sociais, quando descobriu o valor dos salários dos parlamentares.
Lá eles ganham mais de US $ 3.000 por mês, quase R$ 8.000.
E o salário médio no estado Oeste Africano é de cerca de US $ 150 por mês, cerca de R$ 400 - ou 20 vezes menos que os parlamentares.
Imagina o que eles pensariam se vivessem no Brasil, onde deputados e senadores ganham R$ 33,8 mil e o povo recebe salário mínimo de 788 reais - 43 vezes menos que os parlamentares - pra refletir...

Os 90 membros do parlamento de Burkina Faso ganham o salário bruto mais penduricalhos, como abonos de escritório e gastos com combustível.

Ativistas reclamam da diferença substancial entre os salários dos deputados e o que o povo recebe.
Eles defendem que um salário máximo de US$ 900 seria suficiente, quase R$ 2.400.

Revelações sobre a remuneração dos deputados causaram reações iradas nas redes sociais, com muitos dizendo que os níveis salariais são um abuso de poder.

Um correspondente da BBC na região, Anais Hotin, diz que depois de lutar por uma mudança de governo, as pessoas de Burkina Faso estão determinadas a pôr em prática um sistema melhor para alcançar a justiça social.

História
O governo de transição é liderado pelo Tenente-Coronel Isaac Zida, que estava entre os oficiais do Exército que tomaram o poder do Sr. Compaore.

Sr. Compaoré tomou o poder em um golpe de Estado em 1987 e se manteve no poder, ganhando quatro eleições disputadas.

O Tenente-Coronel Isaac Zida prometeu voltar Burkina Faso para um governo civil através de eleições ainda este ano.

'Abuso de poder'
Dezenas de milhares de pessoas participaram de protestos na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, em outubro, contra o atual governo.

Antes da nomeação do Tenente-Coronel Zida como primeiro-ministro, a União Africana, os Estados Unidos e vários outros países pediram que os militares devolvessem o poder aos civis, ou enfrentariam sanções econômicas. Com informações da BBC e SóNotíciaBoa

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