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sábado, 13 de dezembro de 2014

O incêndio da corrupção na Petrobras

Não foi nenhum oposicionista, nenhum representante da imprensa, nenhum defensor de golpe, mas o procurador-geral da República Rodrigo Janot que disse ontem, com todas as letras, que a corrupção devasta a Petrobras como um grande incêndio e sua diretoria deve ser substituída.
"Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e devolver ganhos espúrios que engordaram suas contas às custas da esqualidez do Tesouro Nacional e do bem-estar do povo", afirmou Janot.
Ninguém da oposição disse, mas o próprio responsável por anos pela Controladoria Geral da União, Jorge Hage, que as estatais brasileiras não estão sob controle dos órgãos de fiscalização. Essa falha, inclusive, foi um dos motivos de seu pedido de demissão.
"É preciso trazer as estatais para o foco do controle porque atualmente elas têm sistema de licitações próprio, no caso da Petrobrás, não utilizam o sistema corporativo do governo, o que faz com que fique fora do alcance dessas atividades", disse.
Não foi nenhum antipetista militante, mas o próprio juiz representante pela operação Lava-Jato, Sérgio Moro, quem afirmou que o esquema de desvios pode ir além da Petrobras.
"Embora a investigação deva ser aprofundada quanto a este fato, é perturbadora a apreensão desta tabela nas mãos de Alberto Youssef, sugerindo que o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras", disse, com base na lista de 750 obras pública apreendidas com o doleiro Youssef.
Não foi nenhum economista antipático ao petismo, mas os próprios acionistas da Petrobras nos EUA que entraram na justiça contra a empresa por perdas elevadas devido a contaminação da empresa pela corrupção. A lama foi escondida dos investidores.
Segundo um dos advogados, a Petrobras "falhou em expor um alto nível de corrupção na companhia, incluindo um esquema multibilionário de propina e lavagem de dinheiro”, além de ter superfaturado equipamentos e propriedades em suas demonstrações financeiras. (O Globo)
Não é nenhum pessimista de plantão, mas fontes do próprio governo que afirmam que houve redução de bilhões em investimentos na estatal devido ao processo de corrupção.
Não foi nenhum oposicionista mal-intencionado, mas 68% da população brasileira que acha que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade sobre o desvio na Petrobras.

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