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domingo, 16 de novembro de 2014

Tombense vence Brasil-RS nos pênaltis e é campeão da Série D

foto sdite doisMuriaé, MG, 16 (AFI) – No coração, nos pênaltis, o Tombense Futebol Clube venceu oBrasil de Pelotas e sagrou-se campeão do Campeonato Brasileiro da Série D. Com 0 a 0 no tempo regulamentar, Elvis, o atacante decisivo nesta fase final, marcou a quinta e última penalidade, para festa da torcida Carcará. Além dos finalistas, Londrina-PR e Confiança-SE conquistaram o acesso à Série C de 2015.

Apesar de centenário, a história do Tombense é recente. Comandados por Moacyr Júnior, o time conquistou uma das vagas à Série D através de uma excelente campanha no Campeonato Mineiro. Agora com Eugênio Souza, o Gavião-Carcará não perdoou nenhum dos adversários e é campeão nacional.

Mesmo com o vice-campeonato, o Grêmio Esportivo Brasil também pode festejar. Depois de deixar a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho, o time de Rogério Zimmermann conquistou a terceira posição no estadual e uma vaga na Série D, onde garantiu o acesso à Série C de 2015 e a histórica oportunidade de disputar uma final nacional.

RECHAÇA?
Antes de começar a grande final da Série D, Brock, Cirilo, Nunes, Jenner Zottele, Gustavo Martins, Ederson e Marcio Joanathan, jogadores suspensos pelo STJD devido a briga com o Londrina na semifinal, caminharam em direção as arquibancadas do estádio Soares de Azevedo. Acenando para a torcida, os sete foram recebidos com festa pela ‘Maior e Mais Fiel’ torcida Xavante.

ÚLTIMA HORA
Na manhã deste domingo, o Grêmio Esportivo Brasil conseguiu uma liminar na justiça que deu condições ao técnico Rogério Zimmermann de comandar o time no banco de reservas. O treinador também foi suspenso pelo STJD na confusão com o Londrina, mas somente com uma partida, já que não participou efetivamente da ‘pancadaria’.

FORA DE CASA?
Nene Zini ao lado de Eduardo Uram com a taça de campeão da Série D

Mal rolou a bola no estádio Soares de Azevedo e o Brasil de Pelotas já estava pressionando o Tombense. Não parecia que o jogo era em Minas Gerais, já que o gaúchos dominaram todas as ações ofensivas e quando o Carcará tentava avançar, a marcação forte continha a pressão mineira.

Quando o relógio marcava dez minutos jogados, um lance polêmico tomou conta do estádio Soares de Azevedo, em Muriaé. O atacante Alex Amado recebeu na frente e foi derrubado pelo goleiro Darley na grande área. O árbitro pensou em marcar a penalidade, mas olhou para os auxiliares, que nada marcaram, e seguiu o jogo. Os jogadores gaúchos reclamaram muito.

Pouco tempo depois, a pressão do Grêmio Esportivo Brasil gerou mais duas grandes oportunidades. Márcio Hahn chegou com velocidade e viu bem a passagem de Alex Amado, que bateu forte, mas Darley jogou para o escanteio. Pouco tempo depois, o goleiro do Tombense saiu mal e deixou a redonda nos pés de Leandro Leite, mas o volante não soube aproveitar.

O ‘abafa’ Xavante também gerou algumas faltas e dois cartões amarelos, um de cada lado, para o artilheiro Daniel Amorim e o lateral improvisado Ricardo Schneider. O volante Joilson, que voltava de suspensão pelo terceiro cartão amarelo, chegou a deixar o gramado na maca, mas se recuperou e voltou para a decisão.

Quem não conseguiu fazer nada no primeiro tempo foi o meio campista Francismar. Marcado de perto, o principal armador do Tombense não conseguiu acertar uma grande jogada. Até por isso, o mesmo Joilson resolveu assumir a função e avançou um pouco mais taticamente.

CHOVEU?
O gramado molhado atrapalhou e muito a atuação das duas equipes na grande final da Série D. Com poças de água, os jogadores de Brasil de Pelotas e Tombense chegaram a escorregar no gramado, o que dificultou o espetáculo no estádio Soares de Azevedo, em Muriaé.

É FINAL AMIGO!
No segundo tempo, Francismar se movimentou muito mais e fugiu da marcação acirrada do Brasil de Pelotas. No primeiro grande lance, Elvis tabelou com o meia e saiu na cara do gol, mas pecou na finalização e bola passa raspando a trave de Eduardo Martini.

Mesmo jogando em campo neutro – a CBF tem em seu regulamento que a final da Série D deve ser em um estádio com capacidade para mais de 10 mil pessoas e por isso o jogo passou para o estádio Soares de Azevedo –, o ‘time da casa’ voltou para a segunda etapa muito melhor e trabalhou bem a bola no campo de ataque, alternando e rodando bem as jogadas na entrada da área.

Mas na bola parada o Brasil quase colocou uma mão na taça. Primeiro Nena recebeu um lindo lançamento e iria sair na cara de Darley, mas Xandão afasta bem e joga para escanteio. Na cobrança, o artilheiro da Série D cabeceou na trave e ainda fica com o rebote, mas finaliza na rede pelo lado de fora. Logo após o lance o técnico Eugênio Souza tirou o lateral Douglas e colocou o atacante Lucas Silva no Tombense, em uma tentativa de inflamar o jogo.

Muito cansados, Rogério Zimmermann chegou a fazer as três substituições antes dos 35 minutos do segundo tempo – Bil, Léo Dias e Raulen entraram no Xavante. Jogadores como Felipe Garcia, Leandro Leite e até mesmo Martini se mostravam visivelmente cansados, não só fisicamente, mas também psicologicamente. Mas os ‘guerreiros Xavantes’ não se desligaram momento nenhum.

Aos 39 minutos do segundo, depois de uma bola na trave de Daniel Amorim, mais uma vez a confusão tomou conta da partida na Série D. Mas dessa vez o árbitro soube cuidar bem da situação. Alex Amado e Betinho se estranharam no gramado e Paulo Godoy de Bezerra mandou os dois mais cedo para o vestiário.

No finalzinho do jogo, o Tombense inflamou de vez o jogo, principalmente com seu armador Francismar, juntamente com Coutinho e Élvis. Muita movimentação e toques de bola rápido, mas não houve nada que o time mineiro pode fazer, mesmo com três minutos de acréscimo, o jogo foi para as cobranças de pênalti.

NO CORAÇÃO!
Nas cobranças de penalidade, o Tombense corou a grande atuação na Série D e levantou seu primeiro ‘caneco’ no ano do centenário. Francismar e Nena começaram acertando suas cobranças e viram Coutinho e Chicão, um de cada lado, perderem suas penalidades.

Na quarta cobranças, Léo Dias, que saiu do banco de reservas, bateu mal e o goleiro Darley defendeu. Logo depois, Elvis, o atacante decisivo nesta fase final, acertou e fez do Tombense Futebol Clube o sexto campeão Brasileiro da Série D, para festa da torcida presente. Com o palco armado, Darley levantou a primeira taça na história.

ARTILHARIA
Mesmo vice-campeão, Nena, atacante do Brasil de Pelotas, terminou a Série D como artilheiro da competição, com oito gols. Do outro lado, Daniel Amorim foi o principal goleador do time mineiro, com quatro marcados. Os números se mantiveram pois nenhum dos times balançou as redes nesta final.

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