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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SP: Pesquisa aponta contaminação de água distribuída em Itu

Do G1 Sorocaba e Jundiaí 
A água oferecida nos principais pontos de distribuição de Itu (SP) está contaminada, de acordo com uma pesquisa feita por biólogos da ONG Caminho das Águas e pesquisadores do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp). Uma bactéria foi encontrada nas amostras retiradas de cinco locais, entre reservatórios, bolsões e bicas. 

Os bairros Santa Terezinha, Novo Mundo, Jardim Alberto Gomes, Jardim Aeroporto e Jardim Padre Bento foram os locais escolhidos por causa da grande movimentação de pessoas em busca de água. "É preciso tomar cuidado com as mangueiras, porque passam cachorros pessoas, então o teor de contaminação pode ser muito grande", diz a bióloga Luciana Giacomini. 

Na primeira avaliação da água coletada nos cinco pontos de Itu uma bactéria foi detectada. "Essa análise constatou que continha coliforme fecais, que são bactérias presentes no trato intestinal de seres humanos ou animais. O teste indica que essa água pode ter sido contaminada em qualquer ponto, não necessariamente na sua origem", explica Rosemeire Bueno, doutora em microbiologia. Até o fim do ano os pesquisadores serão feitas mais cinco análises da água. 

Os moradores desconhecem o perigo. A aposentada Inês Silva mora em frente a uma fonte, no bairro Santa Terezinha, há 50 anos, e sempre consome a água dali. "Nunca passei mal", garante. 

Já a dona de casa Elza Modena mora em frente a uma caixa d'água de 20 mil litros colocada na Praça 14 bis, no Jardim Aeroporto. Ela conta que, por precaução, nunca foi lá buscar água para beber ou fazer comida. "Uso pra tomar banho, lavar roupa. Para beber eu uso água comprada", diz. 

Segundo a concessionária Águas de Itu, diariamente é feita a coleta em todos os pontos de distribuição e as amostras são enviadas a laboratórios terceirizados. "A concessionária realiza quase quatro mil análises mensais de controle de qualidade. Nesses pontos diariamente realizamos análises", afirma Mauricio Camilo, coordenador do sistema operacional da empresa.

Segundo ele, a empresa se dispõe a fazer testes em conjunto com os pesquisadores. "Podemos fazer essas análises em conjunto, mas o ponto de amostragem é muito importante. Se não for feita uma assepsia na torneira ou no ponto de coleta pode gerar contaminação. Mas o residual de cloro presente nesta água é suficiente para mantê-la potável", diz. 
Pesquisa encontrou bactérias na água coletada em Itu (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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