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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pesquisadores buscam alternativas para reutilização de água em projetos

Apesar da chuva das últimas semanas, a falta de água ainda é um problema comum em muitas cidades. Nas casas, no comércio, a ordem é economizar. Nas universidades de São Carlos (SP), a preocupação também é grande porque muitas pesquisas dependem de água. O jeito é buscar alternativas. Tudo para gastar menos água sem comprometer o resultado do trabalho.

Higiene é o primeiro passo para o sucesso de uma pesquisa. Limpar mais de 600 tubos de ensaio e frascos, com substâncias contaminantes pode ser demorado. Água não pode faltar. "São muitas vidrarias que precisamos lavar para descontaminar e não contaminar o cultivo um do outro. Além disso, temos o gasto de água com meio de cultura para as algas, que é uma quantidade considerável. Então sem água a gente não trabalha, não tem como fazer nada", explicou a pesquisadora da UFSCar, Mônica Benini.

Em um laboratório do Departamento de Botânica da UFSCar sem água, em uma semana, são usados cerca de quatro mil litros. É importante porque os pesquisadores usam água para produzir micro algas que ficam dentro dos frascos. Só dá para ver com auxilio do microscópio. As algas são imperantes porque absorvem o gás carbônico, um dos gases que provocam o efeito estufa e prejudicam o meio ambiente.

Além de purificar o meio ambiente, as microalgas também são usadas em vários setores da indústria, desde cosméticos a alimentação. Por conta desde longo período de estiagem a professora explica que algumas medidas foram tomadas para reduzir o consumo.

"Como nós precisamos de muita água porque elas crescem na água, então na estiagem nós reutilizamos até cinco vezes a mesma água de cultivo e o resíduo, o que sobra, que não dá mais para ser utilizado, jogamos na grama para ser absorvido pelo lençol freático", disse o professor da UFSCar Ana Teresa Lombardi.

Por isso é que o jardim resistiu ao longo período sem chuvas. No campus da UFSCar em São Carlos, são usados por dia 700 mil litros de água por dia. A Unicamp, o consumo é ainda maior. Mais de dois milhões e meio de litros por dia. Por isso, a busca é pelo uso racional.

No departamento de hidrologia da UFSCar, os pesquisadores buscam uma alternativa para melhorar a qualidade da água, gastando pouco. No local são usados 80 mil litros de água, desde que a pesquisa começou há quatro anos a água nunca fui substituída. Ela passa por um filtro e é reutilizada.

Segundo professora UFSCar Maria Gama Melão, por meio da pesquisa pode sair respostas para diminuir a poluição. "Dessas pesquisas podem sair soluções para esse problema de falta de água, poluição, um gasto mínimo para o que se pretende gerar", ressaltou.

USP
A USP não informou a quantidade de água usada por dia. Mas, disse que o gasto médio por mês é de aproximadamente dois milhões de reais, nos sete campi da universidade.  Foto: Felipe Lazzarotto - Fonte: G1

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