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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pesquisa mostra que 50% dos derivados de arroz ultrapassam os limites de arsênio

Uma nova pesquisa descobriu que mais da metade dos produtos fabricados com arroz na Grã-Bretanha, possuem níveis altos, acima da média permitida, de arsênio.

Os produtos incluem o cereal Rice Krispies, da Kellogg’s, e Smooth Baby Rice, da Heinz.

A União Europeia definiu novos níveis máximos de arsênio que produtos alimentícios podem conter – o que não ocorria anteriormente. De acordo com as análises, água e outros tipos de comida possuem níveis aceitáveis, o que não ocorreu com o arroz, que possuía níveis preocupantes e que excediam os limites estabelecidos.

A Channel 4, canal de TV da Grã-Bretanha, irá exibir um programa hoje à noite com os dados dos testes de 81 produtos. Os estudos foram financiados pelo Institute for Global Food Security e realizados na Queen’s University. Eles descobriram que 58% dos produtos excedem os novos limites estabelecidos de arsênio em produtos infantis, que deverão entrar em vigor em alguns meses.

Embora existisse limites rígidos para a quantidade de arsênio permitido na água, não existiam limites máximos que os alimentos podem conter – o que preocupa cientistas que afirmam que podem haver problemas de saúde com a exposição a este elemento que é um verdadeiro veneno para as células.

As novas recomendações da UE propostas vai limitar a 200 partes por bilhão (ppb) de arsênio para adultos e apenas a 100 ppb para crianças e bebês.

Mesmo cereais orgânicos derivados de arroz possuíam níveis altos, com até 323 ppb.

As novas regras irão obrigar os fabricantes a controlarem de modo rígido os níveis em seus produtos, reformulando a composição, ou serão obrigados a removê-los das lojas de toda a Europa.

Enquanto não é prejudicial em pequenas quantidades para os seres humanos, os cientistas dizem que a exposição a altos níveis de arsênio inorgânico durante um período prolongado, pode levar ao câncer ou doença cardíaca.

O professor de Ciências Biológicas, Andrew Meharg, da Queen’s University, disse: "A União Europeia vai definir normas para níveis de arsênico no arroz usado em comida infantil em no máximo 100 ppb. Mesmo assim, em minha estimativa, é extremamente elevado, ele deveria ser, pelo menos, 50 ppb”.

Ele prossegue: "Os limites são definidos de modo a não perturbar o comércio de arroz, em vez de priorizar os riscos para a saúde humana”.

Na Grã-Bretanha, o consumo de arroz aumentou mais de 5 vezes nos últimos 40 anos.

De acordo com o portal DailyMail, as marcas Kellogg’s, Organix e Boots emitiram nota afirmando que levam a segurança em seus produtos muito à sério.

A Boots afirmou que continuará a trabalhar estreitamente com os fornecedores e especialistas de regulação para garantir que seus alimentos para bebê sejam totalmente seguros, em conformidade com os regulamentos futuros.

A Organix disse ao Channel 4 que vai testar seus alimentos de forma rigorosa e que os pais não devem ter nenhum motivo de preocupação. Acrescentou ainda que parabeniza as novas propostas de regulamentação e que vão atender as futuras alterações legislativas.

A Kellogg’s afirmou que seus cereais não estão na categoria de alimentos para lactantes e crianças jovens. Um porta-voz da empresa disse: "O teste que fizemos mostra que os níveis estão dentro dos limites mais atualizados propostas. Vamos continuar a trabalhar com as agências governamentais, cientistas, acadêmicos e outros na indústria alimentar a nível global para rever os dados sobre este tema". Fonte: DailyMail Foto: Reprodução / DailyMail / GoldenRice / Duke

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