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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Alta na gasolina é de apensa R$ 0,06 nas bombas, afirma federação

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (6) o aumento do preço de venda nas refinarias de 3% para a gasolina e de 5% para o diesel a partir de sexta-feira (7). Economistas afirmaram que a alta demorou a acontecer, deixando o custo interno do combustível defasado. Especialistas também avaliam que o reajuste terá impacto sobre a inflação. Raul Velloso, especialista em finanças públicas, afirma que “esse aumento era devido há muito tempo”, pois havia “um desalinhamento dos preços em relação ao mercado internacional que perdurou ao longo do ano”. O economista diz também que “o correto é o preço interno refletir o preço internacional, o quanto custa para o país importar a gasolina. Se tem um preço desalinhado ao mercado ideal, pode haver um consumo excessivo ou abaixo do ideal”. “Esse ano inteiro foi se acumulando uma defasagem que gerou uma falta de receita da Petrobras muito grande para cobrir os investimentos que ela precisa fazer”, opina Velloso. Sidnei Moura Nehme, especialista em mercado financeiro, também acredita que o aumento “veio atrasado, e agora vai agregar margem para a Petrobras, porque o preço internacional está abaixo dos nossos”. “Era necessário para repor o capital de giro que foi retirado da empresa durante esse período antecedente”, afirma. O economista Roberto Luis Troster aponta que o aumento é “oportuno”.
O especialista aponta que as indústrias do setor de combustíveis “estão problemas financeiros graves”, e por isso o anúncio terá impacto positivo no setor. Além disso, Troster também analisa os efeitos do aumento sobre a inflação, que, de acordo com o especialista, inicialmente sofrerá o “choque” pelo aumento, porém em seguida terá corrigida a tendência de elevação gerada pela expectativa. “Quando [a Petrobras] segurou [o anúncio], acabou pressionando tudo para cima”, diz ele em relação aos preços. “Todo mundo acha que vai aumentar. Imagine que você é um vendedor de canetas, compra por R$ 8 e vende por R$ 10. Então você sabe que lá no fornecedor a caneta não está mais a R$ 8, e sim a R$ 12. A caneta que você tem hoje, já vai querer vender por R$ 15”, compara. “Na medida em que você sabe que tem um atraso na inflação, você embute ele no preço.” O economista Alcides Leite afirma que o aumento “deveria ter sido feito antes”, e também cita “defasagem em relação ao preço dos combustíveis” no mercado internacional. “Durante todo esse período a Petrobras teve uma despesa muito grande subsidiando o preço dos combustíveis. A partir de um determinado momento houve uma pequena melhora com a redução do preço do petróleo, mas mesmo assim esse aumento era necessário”, analisa. “Foi uma medida correta, mas vinda com atraso. Devera ter sido feito antes de julho, aproximadamente.” Leite também afirma que a medida terá impactos sobre a inflação. “Sob o ponto de vista da inflação, é um impacto negativo, mas era necessário para a sobrevivência da empresa.”

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