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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Suspeito de mortes em Goiânia trata vítimas por número

Do BOL, em São Paulo/Evaristo Sa/ AFP
Tiago Gomes da Rocha (ao centro), apontado como serial killer de Goiânia, tentou se matar na cela em que estava isolado nesta quinta-feira (16). Ele teria quebrado uma lâmpadas do local e cortado os pulsos

Suspeito de uma série de assassinatos de mulheres em Goiânia, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, surpreendeu o delegado Douglas Pedrosa durante o interrogatório. Em depoimento, Rocha tratou as vítimas por número e confessou que a primeira pessoa que matou foi um homem. As informações são da Folha de S.Paulo.
Segundo a polícia, o vigilante confessou não apenas os 16 crimes investigados, mas um total de 39 homicídios desde 2011. Já o advogado dele, Thiago Vidal, afirma que seu cliente nega os crimes e só os assumiu porque ficou com medo no interrogatório.

De acordo com o relato do delegado, Rocha falou de cabeça erguida e foi objetivo nas respostas. Incomodou-se com a presença de policiais mulheres, que saíram da sala.

Em vez de nomes das vítimas, como os de Lilian, Bárbara e Ana Lídia, o suspeito preferiu enumerá-las. "Perguntávamos das mulheres, e ele dizia: Qual é o número? Ah, vítima nº 3, vítima nº 5'".

Ao localizar o número na memória, narra o delegado, Rocha fechava os olhos e ficava calado, com um sorriso no rosto. Minutos depois, trazia pormenores de cada crime, como dia, local e arma.

A vítima número 1 é Diego Martins Mendes, de 16 anos. Em confissão, segundo a polícia, o vigilante contou que teria abordado Diego pensando que ele fosse gay. O crime aconteceu em 2011. Ainda pelo relato da polícia, o preso o convenceu a ir a um matagal para fazer sexo. O ato não se consumou, segundo Rocha, mas Diego foi esganado. O corpo dele nunca foi localizado.

Outros dois homens foram as próximas vítimas: um ex-colega de trabalho, morto a facadas, e um rapaz de olhos azuis que, assim como o primeiro, Rocha pensou ser gay. Ele também foi esganado. Os alvos seguintes foram prostitutas e moradores de rua. "Ninguém se importaria com eles", disse Rocha, de acordo com a polícia.

Chamou atenção dos investigadores que mulheres comuns, como as mortas neste ano, tenham sido em sua maioria alvejadas no peito. "Elas não tinham por que levar tiro na cabeça, ele explicou", disse o delegado Pedrosa.

Segundo a polícia, o vigilante alegou que era movido pela necessidade de matar e a comparou a um vício. "Eu tenho raiva do mundo", disse ao delegado. Rocha admitiu ainda 90 roubos a lotéricas, farmácias e padarias. Disse que roubava para sentir "adrenalina".

Preso na terça-feira (14), o vigilante foi apresentado pela Polícia Civil na manhã de ontem (16) sob gritos de assassino de familiares das mulheres mortas neste ano. Segundo a Polícia Judiciária de Goiás, Rocha tentou se matar na madrugada, cortando os pulsos com uma lâmpada quebrada. Ele recebeu atendimento médico e passa bem. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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