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domingo, 14 de setembro de 2014

Homossexuais e pastores disputam candidatos à Presidência da República

De um lado, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), maior organização do País, com 308 entidades filiadas. 
De outro, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), a maior denominação evangélica do País, que lida com milhões de fiéis. Em comum, um objetivo: obter, por escrito, compromissos de candidatos à Presidência da República. A associação quer apoio às causas do movimento, como a aprovação de uma lei sobre o casamento igualitário e a criminalização da homofobia. Já a convenção busca uma afirmação com os compromissos da igreja, entre os quais a oposição clara às duas reivindicações dos gays. O debate sobre os direitos dos homossexuais foi introduzido na campanha eleitoral após a polêmica sobre o programa de governo de Marina Silva. A candidata do PSB chegou a divulgar uma versão que incluía a defesa de reivindicações históricas da causa gay. Depois, divulgou uma errata excluindo essa defesa. A presidente Dilma Rousseff aproveitou e passou a se declarar a favor da aprovação de uma lei sobre criminalização da homofobia - algo que seu governo não se empenhou em aprovar durante seus quase quatro anos de gestão.
Por ora, o presidente do comitê político da CGADB, pastor Lelis Washington Marinhos, mira num compromisso por escrito de Marina. "Somente após a assinatura desse documento é que iremos declarar apoio oficial a Marina Silva. Vai depender muito disso", afirma o pastor. Marinho disse que a igreja não é a favor da homofobia, mas quer garantir que "os pastores possam se declarar contra" o casamento gay nos cultos. "Embora não tenhamos interesse em interferir na vida privada das pessoas, temos uma posição contrária ao casamento gay e queremos ter a liberdade de nos declararmos contra", argumenta. O pastor menciona, ainda, um conjunto de leis em tramitação no Congresso Nacional que, em sua visão, "direciona a sociedade para uma mudança de princípios que, no médio prazo, levará à desvalorização da família tradicional". Por isso, ele diz querer garantir que tais leis não sejam aprovadas no próximo governo. Os evangélicos representam, hoje, cerca de 22% da população. (Estadão)

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