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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Deputada estadual obrigava auxiliares a dar parte do salário, diz MP

AMAPÁ - Os assessores lotados no gabinete da deputada Roseli (DEM) eram obrigados a repassarem mais da metade dos salários à ela.

A prática ocorreu no período de janeiro de 2012 a julho de 2014, conforme denúncia do Ministério Público (MP) do Amapá, que ingressou ação por improbidade administrativa contra a parlamentar no dia 26 de agosto.

O MP calcula que Roseli tenha embolsado mais de R$ 355 mil de recursos públicos através da suposta prática ilegal.

O G1 tentou contato com assessoria de comunicação da deputada, mas até o fechamento desta reportagem não houve retorno das ligações.

Segundo a Promotoria de Defesa do patrimônio Cultural e Público de Macapá (Prodemap), os servidores recebiam os salários da Casa e em seguida repassavam mais da metade do dinheiro à deputada através do motorista particular dela, Décio Souza Carvalho.

Em entrevista ao G1, Décio disse que o salário dele como motorista de Roseli é proveniente da Assembleia Legislativa, onde ele está lotado como assessor parlamentar, mas não exerce a função.

“Não é carteira assinada. É salário de assessor parlamentar”, destacou o motorista quando questionado sobre a forma como a deputada o paga. Décio negou envolvimento no suposto esquema criminoso e afirmou que a ação do MP é fruto de uma vingança do ex-marido de Roseli. “Isso tudo é porque ele está querendo se vingar. Mas estamos focados na reeleição dela”, ressaltou.

O promotor de justiça Afonso Gumarães afirmou que o fato de o motorista estar lotado como assessor parlamentar mas não exercer o cargo configura um crime de “desvio de função”.

A esposa do motorista também teria participação no suposto esquema de corrupção. Procurada pelo G1, ela não atendeu às ligações. Roseli Matos é candidata a reeleição no pleito de 2014. G1

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