Desde que foram abertas as inscrições para registro de candidaturas para as eleições de outubro deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia já recebeu 25 pedidos de renúncia. O alto custo da campanha tem sido apontado como principal motivo das desistências. Dentre os candidatos que optaram por não disputar o pleito deste ano estão figuras conhecidas como os deputados estaduais Carlos Gaban (DEM) e Graça Pimenta (PMDB) e o ex-deputado Federal Sérgio Carneiro (PT). Separando por cargo, houve uma desistência para o Senado, nove para a Câmara Federal e 15 para a Assembleia Legislativa da Bahia. No caso de Graça Pimenta, foram alegadas “questões pessoais”, para a renúncia da candidatura. A atitude pode ser explicada pelo fato do marido dela, o ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (PHS), ter a candidatura impugnada pelo TRE. Denúncia - Carlos Gaban, por sua vez, apresentou um componente novo às especulações sobre o número de renúncias à candidaturas no estado.Após desistir de se candidatar à reeleição, no início de agosto, o parlamentar denunciou um suposto esquema de compra de apoio político comandado por lideranças no interior do estado. Segundo Gaban, o TRE tem “silenciado” diante das denúncias. Em entrevista a uma rádio de Salvador, no dia 13 deste mês, o deputado afirmou que existe até uma tabela de preços para angariar apoio, e que, “um vereador com 500 votos em uma cidade do interior da Bahia chega a cobrar valores entre R$ 500 mil a R$ 600 mil” pela “ajuda”. Gaban afirmou ainda que colegas na Assembleia se dizem obrigados a comparecer semanalmente às suas bases no interior, sob o risco de ter seu “curral político” recomprado por outro parlamentar. “Chegamos ao fundo do poço. Não dá mais para silenciar frente a isso”, afirma o deputado. Questionado sobre a necessidade que o TRE tem de uma denúncia formal para investigar o caso, retrucou Gaban “Não tem como provar. Corrupto não passa recibo!”. De acordo com as informações do deputado, para alguém se eleger deputado estadual na Bahia, hoje, precisa investir a bagatela de R$ 2,6 milhões. (Bahia Toda Hora)
domingo, 24 de agosto de 2014
TRE registra 25 renúncias de candidaturas para as eleições 2014
Desde que foram abertas as inscrições para registro de candidaturas para as eleições de outubro deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia já recebeu 25 pedidos de renúncia. O alto custo da campanha tem sido apontado como principal motivo das desistências. Dentre os candidatos que optaram por não disputar o pleito deste ano estão figuras conhecidas como os deputados estaduais Carlos Gaban (DEM) e Graça Pimenta (PMDB) e o ex-deputado Federal Sérgio Carneiro (PT). Separando por cargo, houve uma desistência para o Senado, nove para a Câmara Federal e 15 para a Assembleia Legislativa da Bahia. No caso de Graça Pimenta, foram alegadas “questões pessoais”, para a renúncia da candidatura. A atitude pode ser explicada pelo fato do marido dela, o ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (PHS), ter a candidatura impugnada pelo TRE. Denúncia - Carlos Gaban, por sua vez, apresentou um componente novo às especulações sobre o número de renúncias à candidaturas no estado.Após desistir de se candidatar à reeleição, no início de agosto, o parlamentar denunciou um suposto esquema de compra de apoio político comandado por lideranças no interior do estado. Segundo Gaban, o TRE tem “silenciado” diante das denúncias. Em entrevista a uma rádio de Salvador, no dia 13 deste mês, o deputado afirmou que existe até uma tabela de preços para angariar apoio, e que, “um vereador com 500 votos em uma cidade do interior da Bahia chega a cobrar valores entre R$ 500 mil a R$ 600 mil” pela “ajuda”. Gaban afirmou ainda que colegas na Assembleia se dizem obrigados a comparecer semanalmente às suas bases no interior, sob o risco de ter seu “curral político” recomprado por outro parlamentar. “Chegamos ao fundo do poço. Não dá mais para silenciar frente a isso”, afirma o deputado. Questionado sobre a necessidade que o TRE tem de uma denúncia formal para investigar o caso, retrucou Gaban “Não tem como provar. Corrupto não passa recibo!”. De acordo com as informações do deputado, para alguém se eleger deputado estadual na Bahia, hoje, precisa investir a bagatela de R$ 2,6 milhões. (Bahia Toda Hora)
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