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terça-feira, 22 de julho de 2014

Hospital dos EUA indenizará pacientes que foram filmadas por ginecologista

REDAÇÃO ÉPOCA
Fachada do Hospital Johns Hopkins em Baltimore, Estados Unidos (Foto: Divulgação)

O Hospital Johns Hopkins, de Baltimore, nos Estados Unidos, aceitou um acordo com a Justiça e pagará uma indenização de US$ 190 milhões para cerca de 8 mil pacientes em um dos maiores escândalos de assédio sexual entre médicos e pacientes dos EUA. O acordo foi firmado nesta segunda-feira (21) entre o hospital – uma das mais respeitadas instituições de medicina no país – e os advogados das vítimas.

O escândalo estourou em fevereiro de 2013. Uma funcionária do hospital alertou a direção de que tinha suspeitas de que o ginecologista e obstetra Nikita Levy estava secretamente filmando suas pacientes. Após uma investigação, as autoridades do hospital descobriram que ele tinha câmeras escondidas em objetos de seu consultório, como por exemplo em uma caneta que carregava no bolso. Investigadores encontraram 1.200 vídeos e centenas de fotos em seu computador pessoal. O médico foi demitido e, dez dias depois, cometeu suicídio.

Levy trabalhou no hospital entre 1988 e 2013. As mulheres que foram atendidas por ele se reuniram em uma ação na Justiça dizendo que o hospital foi negligente e deveria ter percebido a má conduta de seu funcionário. Mais de 8 mil mulheres foram atendidas pelo ginecologista e podem estar entre as pacientes que foram filmadas.

Em nota, o Hospital Johns Hopkins afirma que o pagamento da indenização não comprometerá os serviços prestados, voltou a pedir desculpa às vítimas e disse que o comportamento de Nikita Levy não representa os funcionários do hospital. "Nós asseguramos que um indivíduo não define o hospital. Johns Hopkins é definido por dezenas de milhares de funcionários que trabalham com determinação para providenciar atendimento de alto nível para nossos pacientes e suas famílias".

O advogado das pacientes elogiou o acordo com o hospital. "Quando souberam do comportamento do dr. Levy, nossas clientes ficaram extremamente atormentadas", diz nota do escritório de advocacia das vítimas, segundo o LA Times. "Elas se sentiram traídas. Agora, com essa proposta, nós podemos começar o processo de curar nossa comunidade".

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