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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cantora sofre com desordem metabólica rara que faz com que seu corpo tenha cheiro de peixe podre

Para a jovem cantora Cassie Graves é preciso mais do que um chiclete de menta para melhorar o hálito.

A jovem de 22 anos de idade teve de mudar toda sua dieta após ser diagnosticada com uma condição rara chamada de Síndrome do Odor de Peixe.

O cheiro pode ser tão forte que consegue contaminar uma sala inteira. Para isso, a cantora precisou retirar alguns alimentos de sua rotina a fim de tentar conter o mau cheiro.

Graves, na verdade, sofre de Trimetilaminúria, uma doença metabólica rara, em que o corpo não consegue quebrar a trimetilamina, substância encontrada em certos alimentos. Como não consegue ser quebrado e absorvido pelo organismo, ele é liberado pelo suor, pela urina e pela respiração, o que faz Graves exalar um forte odor de peixe podre. “O cheiro sai da minha pele e do meu cabelo. Eu suo e não importa quantos banhos eu tome, eu simplesmente não consigo me livrar dele”, afirma a jovem.

"Houve momentos em que eu cheirava tão mal que minha mãe não me deixava ir à escola porque não queria que eu fosse intimidada pelas outras crianças. E é bem difícil ter de subir no palco e dar um show quando você fede a peixe!”, afirma ela.

Como Graves não é capaz de sentir o seu próprio cheiro, tem de contar com os amigos e a família para lhe dizer. "O fato deu não conseguir sentir meu cheiro é a coisa mais frustrante sobre essa síndrome. Isso me faz ser paranóica", disse ela.

O seu cheiro desagradável foi perceptível primeiramente quando ela tinha três anos, quando sua irmã começou a reclamar que ela fedia a peixe. Sua mãe, achando que era apenas intriga, ignorou o comentário. No entanto, aos poucos, o cheiro ficou tão forte que não havia mais como deixar para lá.

Ela foi a vários médicos, mas nenhum conseguiu explicar a razão de seu odor. Foi só depois que a mãe de Graves ouviu, em um programa de rádio, sobre uma pessoa com Síndrome de Odor de Peixe que havia finalmente foi diagnosticada com a doença.

Trimetilaminúria é uma doença genética rara que provoca um forte odor corporal, próximo ao cheiro de podridão, geralmente descrito como peixe, lixo ou fezes. A trimetilamina é uma substância química de cheiro ruim produzida no intestino quando digeriros alimentos ricos em colina, como carnes e ovos.

A substância, então, acumula-se no corpo e acaba sendo expelida em fortes odores no suor, na urina e no hálito. Normalmente, o cheiro torna-se aparente na infância, quando as crianças comem, pela primeira vez alimentos, responsáveis pelo odor. Às vezes, o transtorno é temporário, mas pessoas que sofrem dessa condição devem evitar ovos, vegetais verde-escuros (brócolis e ervilhas), feijão, óleo de peixe e frutos do mar.

Baixas doses de antibióticos podem suprimir a produção de trimetilamina a curto prazo e suplementos podem ajudar, mas as mudanças de estilo de vida são necessárias no tratamento.

A cantora e compositora diz que ter essa condição é sinal de ter uma luta diária. "Mesmo agora, quando já sou mais velha, é difícil explicar para os outros que eu tenho síndrome do odor de peixe", acrescentou. “É tão raro que as pessoas não acreditam em você quando você diz que tem”.

Uma pessoa que ajuda Graves a lidar com a doença é seu namorado, Dom Oliver, um estudante de 21 anos de idade. "Estou tão feliz que Dom é legal com tudo isso e me ajuda no que eu precisar e a enfrentar a minha rotina”, disse ela. "Ele me ajuda com a minha dieta restrita. Temos também um pacto que, se eu acordar fedendo a peixe, ele tem de me dizer e tentar não rir”.

Graves, que está atualmente trabalhando em seu primeiro álbum solo, “Unpunished”, quer ajudar mais pessoas a saberem mais sobre a doença. "Eu cheguei a um ponto onde eu não quero esconder mais. É uma coisa complicada de admitir que ‘Sim, eu cheiro mal’, mas, no final do dia, há coisas piores na vida do que um cheiro de peixe”, disse ela.

Dr. Robin Lachmann, consultor em Medicina Metabólica no Hospital Universitário em Londres, disse: "Trimetilaminúria ainda está muito sub-reconhecida e muitos médicos não estão cientes da condição. É preciso que haja mais divulgação dessa doença, para que os pacientes que sofrem com ela não tenham de esperar tanto tempo para serem diagnosticados”. Fonte: DailyMail Foto: DailyMail

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