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sábado, 12 de abril de 2014

Racionamento inevitável poderá jogar o PIB para 1% em 2014 e zero em 2015

O risco crescente de o governo brasileiro ter de adotar racionamento de energia elétrica em 2014 ou no ano que vem já aparece nos cenários do mercado financeiro para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015. Economistas afirmam que se for confirmada, a medida pode levar a economia a crescer menos de 1% em 2014 e até zero, em 2015.

. A data do anúncio e o perfil de um possível racionamento devem definir o tamanho do estrago. A redução do nível de chuvas este ano colocou o setor elétrico em situação delicada, obrigando o uso prolongado da energia das usinas termelétricas, que custa mais caro. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com autoridades do setor elétrico para avaliar o quadro do abastecimento, uma vez que os reservatórios estão em níveis cada vez mais críticos. Em entrevista ao The Wall Street Journal (EUA), o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse que o racionamento não será necessário, mas que os preços precisam subir rapidamente para que o consumo seja reduzido, minimizando o impacto inflacionário. O mercado já projeta racionamento em maio, após o fim do período úmido. Neste caso, os riscos para a realização da Copa do Mundo e o custo político eleitoral seriam elevados, o que amplia a chance de o anúncio ser postergado para depois da eleição. Nesta hipótese, os prejuízos para a economia seriam grandes, principalmente em 2015. Enquanto isso, uma opção seria adotar o chamado “racionamento branco”, que compreende medidas como redução da iluminação pública e cortes de energia em momentos de pico de consumo, ou até mesmo apelar à redução voluntária do consumo pela população e também pela indústria.

. O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, diz que dificilmente o governo Dilma deve anunciar um racionamento antes das eleições. Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, os impactos de um eventual racionamento de energia no país este ano dependerão de quando será feito o anúncio pelo governo federal: “Isso é fundamental. Quanto mais demorarem para anunciar, pior será o efeito sobre a atividade e a inflação”.  por Polibio Braga

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