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terça-feira, 29 de abril de 2014

Praga da inadimplência pode piorar situação de Dilma

Dilma Rousseff: a incapacidade de Dilma de estimular o crescimento na maior economia da América Latina e domar a inflação ajuda a explicar algumas das onze inadimplências durante seu mandato

São Paulo - A Presidente Dilma Rousseff pode acrescentar outra distinção duvidosa a seus tumultuosos três anos e meio de mandato: durante sua presidência, ela teve que passar por mais inadimplências corporativas no Brasil do que qualquer um dos seus predecessores.

A decisão da fabricante de peças para carros Sifco SA de suspender os pagamentos em seus títulos denominados em dólares, na semana passada, empurrou a quantidade de dívida sem pagamento para US$ 8 bilhões durante o primeiro mandato de Dilma, que termina neste ano.

A soma corresponde a pelo menos o dobro da quantia durante os dois mandados das presidências de seus predecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, de acordo com a Moody’s Investors Service.

A incapacidade de Dilma de estimular o crescimento na maior economia da América Latina e domar a inflação, que excedeu a meta desde que ela assumiu o cargo, ajuda a explicar algumas das onze inadimplências durante seu mandato, disseram Sterne, Agee Leach Inc. e Credit Suisse Group AG.

Embora empresas como a OGX Petróleo Gás Participações SA tenham sido inadimplentes porque não conseguiram cumprir suas promessas, a Sifco responsabilizou a “repentina desaceleração econômica do Brasil” por sua falência, e a produtora de etanol Aralco SA Açúcar Álcool disse que foi prejudicada pelos subsídios governamentais de combustível.

“É possível ver claramente a correlação entre alguns desses nomes e as políticas do governo de Dilma”, disse Revisson Bonfim, diretor de análises sobre mercados emergentes internacionais da Sterne, Agee Leach, em entrevista telefônica de Nova York.

“A inadimplência do açúcar é, sem dúvida, um reflexo das políticas de preço do governo. A inadimplência da Sifco foi provocada pelo crescimento mais lento, que é possível vincular às políticas do governo”. Blake Schmidt e Filipe Pacheco, da /AFP/Getty Images

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