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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Grampo ilegal foi encontrado na cela do doleiro Youssef. PF pede transferência do preso, alegando falta de segurança

Doleiro mostra grampo que flagrou na varredura feita na sua própria cela. PF diz que não é autora da escuta ilegal e que também foi grampeada. Esta noite, a Polícia Federal pediu ao juiz federal do caso que transfira o preso para a Penitenciária de Catanduvas, mais segura. 

Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde 17 de março, o doleiro Alberto Youssef seguia afastado dos olhos do país. Apontado como o cabeça de um esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado 10 bilhões de reais, Youssef manteve-se em silêncio no depoimento que prestou em 21 de março. O doleiro continua se recusando a colaborar com a polícia para apontar quem eram as autoridades e empresários beneficiados pelo esquema. Mas a sua presença no cárcere agora tornou-se um problema para a Justiça e para a própria Polícia Federal. 

. Em 4 de abril, os advogados de Youssef registraram, no parlatório da Polícia Federal, a foto que abre esta reportagem. Youssef, barbudo, visivelmente mais magro e com uma camisa amarrotada exibe nas mãos, do outro lado do vidro que o separa dos seus defensores, o que seria uma escuta ambiental.

. Detalhe da escuta encontrada na cela de Alberto Youssef na carceragem da Polícia Federal em Curitiba
O dispositivo, segundo os advogados de Youssef, estava escondido na cela do doleiro. Temendo que as conversas do dele com outros presos estivessem sendo monitoradas, o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto comunicou o ocorrido ao juiz Sérgio Moro, que cuida do caso na capital paranaense. “O aparelho fotografado pode ser usado para escuta ambiental GSM, ou seja, conforme peritos ouvidos pela defesa, trata-se de uma escuta ambiental que permite o monitoramento das conversas entre o requerente e outros presos em tempo real”, registrou Figueiredo no documento enviado ao juiz.

. Os defensores de Youssef destacam ainda que os autos de processo não apresentam autorização judicial que justifique a existência da escuta ambiental na cela do doleiro. por Polibio Braga

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