> TABOCAS NOTICIAS : Caseiro confessa envolvimento em morte do coronel Malhães

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Caseiro confessa envolvimento em morte do coronel Malhães

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
Coronel reformado Paulo Malhães em depoimento para a Comissão Nacional da Verdade (Foto: Pedro Kirilos / Agencia O Globo)

O caseiro do sítio onde morreu o coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi preso após confessar em depoimento que participou da invasão ao local, em que o militar foi morto.

Contra ele foi cumprido mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça nesta terça-feira (29) pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o site G1, Pires ainda denunciou os dois irmãos como sendo os criminosos que invadiram na noite da quinta-feira, dia 24, o sítio do militar, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense informaram que a confissão ocorreu depois que a polícia identificou várias contradições entre o primeiro depoimento prestado na última sexta-feira (25), após o crime, e o depoimento desta terça.

Não foram divulgados pela polícia detalhes sobre as informações do depoimento que explicam como ocorreu a morte de Malhães. A morte do militar, ocorrida durante invasão ao imóvel rural, pode ter sido por infarto, segundo documento emitido para o sepultamento. Na segunda-feira (28), Rogério e a viúva do militar, Cristina Batista Malhães, foram ouvidos na delegacia. Além deles, três filhos do coronel também prestaram depoimento.

Crime de vingança
Em interrogatório prestado à Comissão Nacional da Verdade no dia 25 de março, Malhães, que atuava sob o codinome de Pablo, confessou crimes cometidos na chamada Casa da Morte de Petrópolis - um dos centros de tortura do regime militar. Por isso, a entidade teme que possa ter havido crime de vingança. O coronel disse no dia que não revelaria nomes de companheiros porque implicaria "uma série de outra sanções". Ao ser questionado se essas sanções seriam vingança, ele responde afirmativamente. "Não em mim, nos meus filhos".

No testemunho à Comissão da Verdade, Malhães deu sua versão sobre a operação do Exército para desaparecer com os restos mortais do deputado federal Rubens Paiva. Informou também que agentes do CIE mutilavam corpos de vítimas da repressão assassinadas em Petrópolis, arrancando suas arcadas dentárias e as pontas dos dedos para impedir a identificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário