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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Países europeus cooperam em espionagem, revela ‘The Guardian’

LONDRES - Agências de espionagem da Europa Ocidental estão trabalhando em conjunto na vigilância da internet e da telefonia de uma forma semelhante aos programas conduzidos pelos Estados Unidos e denunciados por governos europeus, informou ontem o jornal britânico 'The Guardian'.
Citando documentos repassados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, o diário informou que os métodos incluem a intervenção de cabos de fibra ótica e o trabalho encoberto com companhias privadas de telecomunicações. O 'Guardian' citou Alemanha, França, Espanha, Suécia e Holanda como os países onde as agências de inteligência estão desenvolvendo esse tipo de cooperação com aliados como a agência de vigilância britânica GCHQ.
A informação pode ser embaraçosa para os governos, principalmente para Alemanha e França, que foram os que mais protestaram pela espionagem dos EUA nas redes de comunicação europeias reveladas por Snowden desde junho.

O Brasil e a Alemanha apresentaram na sexta-feira um projeto de resolução na Assembleia-Geral da ONU que pedia o fim da vigilância eletrônica excessiva, a obtenção de dados e outras grandes invasões de privacidade. Na Alemanha e no Brasil houve uma grande indignação pela revelação de que a NSA grampeou os telefones da chanceler alemã, Angela Merkel, e da presidente Dilma Rousseff.

Snowden, que está refugiado na Rússia, escreveu uma carta aberta a Merkel para dizer que confia no apoio internacional para deter a perseguição de Washington contra ele.

O 'Guardian' informou que os arquivos do GCHQ filtrados por Snowden mostravam que a agência britânica é responsável por assessorar suas similares europeias sobre como evitar as leis nacionais para restringir os poderes de vigilância. Citando um relatório do GCHQ de 2008, o diário disse que os espiões britânicos estavam principalmente impressionados com a agência alemã, que, segundo eles, “tinha um grande potencial tecnológico e bom acesso ao coração da internet”.
*Reuters

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