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domingo, 3 de novembro de 2013

Estudante suspeito de agredir coronel e mais seis vão a presídio

Paulo Henrique Santiago dos Santos aparece sem máscara, de óculos, em foto que registrou mascarado agredindo coronel na sexta (25)

O único suspeito detido por agredir um coronel da Polícia Militar no protesto da última sexta-feira (25) em São Paulo e mais seis detidos em flagrante por vandalismo na manifestação foram transferidos na manhã desta terça-feira (29) da cadeia onde estavam para um presídio. A informação é da Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP).

O comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, que estava detido no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, Centro, por tentativa de assassinato do coronel Reynaldo Simões Rossi, foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 do Belém, também na região central.
O G1 não conseguiu localizar o advogado Guilherme Braga para comentar a transferência. Em entrevistas anteriores, o defensor alegou que seu cliente é inocente e que tentaria pedir a liberdade do seu cliente à Justiça.

De acordo com a SSP, além de Paulo dos Santos, que estuda relações internacionais na Faculdade Santa Marcelina, foram transferidos do 2º DP para o CDP Belém: os estudantes Caio Rodrigo de Andrade, de 19, e Ricardo Lima Cintra, 20; o vendedor Carlos Augusto dos Reis Dantas, 18; o conferente Alef Fernando Santos de Oliveira, 19; e o desempregado Guilherme Morette de Souza, 19. Todos esses foram indiciados como suspeitos pelos crimes de formação de quadrilha e dano ao patrimônio.

Ainda segundo a pasta, o ajudante de cozinha Everton Ramirez, 23, que responde por formação de quadrilha, dano ao patrimônio e arremesso de explosivo, também foi levado do 2º DP para o CDP Belém.

Já o fotógrafo Matheus Bagaiolo Raphaelli, de 19 anos, que estava preso no 31º DP, na Vila Carrão, Zona Leste, por formação de quadrilha e dano ao patrimônio, foi solto na segunda-feira (28) por decisão da Justiça, informou a secretaria.

A equipe de reportagem não localizou os advogados de todos os transferidos para falar do caso.

Protesto por tarifa zero
O protesto da última sexta, liderado pelo MPL (Movimento Passe Livre) para pedir a tarifa zero do transporte público, começou pacífica, mas terminou em vandalismo após a ação de mascarados da tática black bloc. Os vandalos invadiram o Terminal de Ônibus Parque Dom Pedro II, e destruíram bilheterias, caixas eletrônicos, ônibus, além de roubar um quiosque do local.

Cinegrafistas e fotógrafos profissionais, além de amadores, registraram o momento em que o o coronel Reynaldo Rossi, comandante do policiamento da PM no Centro, é atacado por um grupo durante a invasão do terminal. De acordo com a SSP, ele teve a pistola calibre .40 e o radiocomunicador roubados. Levado ao Hospital das Clínicas, foi medicado e liberado. Acabou com a clavícula quebrada, além de escoriações no rosto e na cabeça.
MPL diz que 'não apoia'
O Movimento Passe Livre (MPL), por meio de um comunicado na página do grupo na internet, informou no sábado (26) que não apoia “o que aconteceu com o coronel da PM”.
Apesar disso, condena uma série de fatos dos quais os integrantes se consideram vítimas, como “o atropelamento de manifestantes por um delegado no Grajaú (Na Zona Sul) nessa quarta-feira (23)”; os espancamentos de membros do grupo que ocorreram em atos realizados em 2006, em 2011 e em 2013, dentre vários outros; “os esculachos de adolescentes e moradores de rua dentro e fora das delegacias nessa sexta feira; os abusos contra mulheres, como aquelas obrigadas a ficar nuas para a revista após a última manifestação; as mais de 100 prisões arbitrárias; os ferimentos por balas de borracha e bombas de estilhaço de ontem; o bloqueio do (Batalhão de) Choque à entrada dos advogados nas delegacias de polícia; os instrumentos e instrumentistas da Fanfarra do M.A.L. quebrados pela polícia essa semana”.
A respeito da violência de sexta-feira, o MPL informou que entrou “no maior terminal de ônibus da América Latina para realizar na prática a tarifa zero”.
“Dezenas de pessoas voltaram para casa sem pagar, contestando a exclusão gerada por um transporte tratado como negócio. A revolta que destruiu as catracas nessa sexta-feira foi acesa pela violência cotidiana do transporte coletivo. E continuaremos lutando pela destruição de todas as catracas”, completa a nota. G1

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