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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mineiro pega prisão perpétua pela morte de três pessoas nos EUA

O mestre de obras José Carlos Oliveira Coutinho, de 38 anos, de Ipaba, no Vale do Aço, escapou da condenação à pena de morte no estado de Nebraska, nos Estados Unidos. Porém, foi sentenciado à prisão perpétua pelos assassinatos de um casal e do filho, uma criança de 7 anos, em dezembro de 2009, na cidade de Omaha. Mais dois operários de Ipaba participaram do crime: Valdeir Gonçalves dos Santos, de 31, que em agosto de 2011 confessou o assassinato, em troca de redução de pena, e Elias Lourenço Batista, de 29, que por falta de provas foi extraditado para o Brasil e escapou de encarar a Justiça norte-americana.

De acordo com o site omaha.com, a pena foi estabelecida por um conselho de três juízes do Condado de Douglas. Em novembro do ano passado, José Carlos já havia sido considerado culpado pela mesma corte, por ser mandante das mortes de seu chefe, o empreiteiro catarinense Vanderlei Szczepanik, radicado nos EUA, da mulher dele, Jaqueline, ambos de 43 anos, e do filho do casal, Cristopher. Os homicídios foram motivados por desacerto financeiro entre Coutinho, que há sete anos foi para os EUA trabalhar com Vanderlei, que o acolheu em sua casa.

Sem uma decisão unânime dos três juízes em relação às acusações, a pena de morte não foi aplicada. Pelas características dos assassinatos, em que a criança e a mãe foram enforcados, mesmo depois de implorarem por suas vidas, a condenação de Coutinho à pena capital era considerada certa. Ele seria a 12ª pessoa no corredor da morte em Nebraska, estado que adota a injeção letal. Porém, entre as discordâncias dos juízes, houve dúvidas se ele era de fato o mandante dos crimes ou apenas um cúmplice com participação menor.

O promotor Don Kleine, segundo o site, disse que esperava a sentença de morte, por considerar que a evidência contra o acusado era forte. Ao contrário dos 11 homens no corredor da morte em Nebraska, José Carlos não tinha registro criminal. Os advogados de Coutinho, Horacio Wheelock e Todd Lancaster, disseram que não se surpreenderam com a decisão. Porém, Wheelock definiu a sentença de prisão perpétua "a maior conquista” da sua carreira. Wheelock e Lancaster destacaram que a prova foi forte em algumas circunstâncias, com atenuantes em favor do réu.

O outro acusado, Valdeir Gonçalves dos Santos, de 32, que confessou o assassinato em agosto de 2011, em troca de pena reduzida, foi condenado a 10 anos pelos três assassinatos. Já Elias Lourenço Batista está em liberdade em Ipaba.

Missionários

O casal, de Santa Catarina, morava nos Estados Unidos atuando como missionário de uma igreja evangélica. No dia do crime, Vanderlei foi espancado até a morte. A mulher e a criança foram enforcadas em seguida, apesar dos apelos para serem poupados. Os corpos foram desovados num rio. Apenas os restos mortais da criança foram localizados depois da confissão de Valderir.

A corte de Douglas considerou José Carlos culpado de três acusações de assassinato e de roubo com mortes, em novembro. Logo em seguida, a corte se reuniu em audiência para definir se havia agravantes contra o acusado, pois só assim ele poderia ser sentenciado à pena de morte. Foram identificados seis agravantes.

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