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sexta-feira, 7 de junho de 2013

VEJAM AS CONSEQUÊNCIAS DO “PIBÃO”

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a perspectiva do rating de longo prazo em moeda estrangeira BBB do Brasil para negativa. A perspectiva do rating de longo prazo em moeda local A- também foi rebaixada para negativa, de estável. A agência justificou o rebaixamento diante do crescimento fraco do País, do ‘investimento declinante do setor privado’ e da deterioração da política fiscal do governo.

O analista de crédito Sebastian Briozzo diz que “o Brasil provavelmente terá seu terceiro ano de crescimento econômico modesto, com o PIB devendo expandir-se em apenas 2,5% em 2013, depois de crescer 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012. O crescimento fraco reflete um desempenho modesto das exportações, assim como um investimento declinante do setor privado, resultante em parte de sinais ambíguos de políticas do governo, que reduziram a confiança do investidor”. A S&P também afirma que o consumo menor das famílias também pesa sobre as perspectivas de crescimento do País. “O crescimento lento contribuiu para um modesto enfraquecimento no perfil financeiro soberano, incluindo a deterioração do desempenho fiscal e uma elevação na carga de dívida do governo”.

Segundo ele, “os ratings também incorporam a dívida governamental e as necessidades de refinanciamento relativamente grandes”. A agência acrescenta que os ratings refletem a demanda substancial do país por investimentos para melhorar sua infraestrutura física, assim como impedimentos estruturais que contribuem para um nível de investimentos baixo de uma maneira geral como parcela do PIB (pouco mais de 18% em 2012) e restringem o potencial de crescimento do PIB.

De acordo com a S&P, “a perspectiva negativa reflete a probabilidade de pelo menos uma em três de que uma elevação da carga de dívida do governo e uma erosão da estabilidade macroeconômica possa levar a um rebaixamento do rating do Brasil ao longo dos próximos dois anos”.

O comunicado ainda cita que “a continuidade de um crescimento econômico lento, fundamentos fiscais e externos mais fracos e alguma perda de credibilidade da política econômica, tento em vista sinais ambíguos de políticas, poderiam diminuir a capacidade do Brasil de gerir um choque externo. Demoras na implementação de políticas para fomentar o investimento privado, especialmente em infraestrutura, poderiam contribuir para um crescimento fraco do PIB neste ano e no próximo, deste modo elevando o risco de um tropeço fiscal maior e resultando em uma elevação na carga de dívida do governo. Nesse cenário, a relação entre a dívida liquida do governo e o PIB poderá subir nos próximos dois a três anos. Além disso, uma elevação substancial no crédito por parte dos bancos controlados pelo governo para estimular a demanda doméstica poderia apresentar problemas de qualidade de ativos para o sistema financeiro, especialmente em meio a um crescimento do PIB continuamente fraco”. ( Estadão)

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