O Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo programa federal Bolsa Família, emitiu nota nesta sexta-feira (14) em que minimiza as denúncias de irregularidades no programa.
Reportagem do UOL publicada na segunda-feira (10) apontou que que fiscalização feita pela CGU (Controladoria Geral da União), em municípios sorteados, no final de 2012, apontou que servidores, empresários, produtores rurais, alunos de escolas particulares, familiares de autoridades e até mortos constavam na lista de beneficiários do programa federal.
Segundo o ministério, que não citou o texto em seu comunicado, o programa completa dez anos como "exemplo reconhecido mundialmente", fruto de "controle sistemático e da fiscalização". À época da publicação da reportagem, o UOL tentou contato com o ministério por diversas vezes, mas não obteve resposta.
A pasta, no entanto, admite que há espaço para fraudes. "Existe uma expectativa falsa de que as fiscalizações vão retornar sem nenhum achado. Em um programa do tamanho e da complexidade do Bolsa Família, não há como esperar que não haja nenhum caso de erro", diz Leice Garcia, assessora especial de Controle Interno do MDS.
Após a publicação do texto, a CGU emitiu nota em que minimiza as irregularidades, dizendo que os índices de fraudes são "baixíssimos".
O comunicado do MDS faz eco à nota da CGU. "O último relatório divulgado pela CGU sobre o Bolsa Família reforça dois pontos positivos: o baixo índice de irregularidades (2,4%) e o percentual significativo (89,3%) de medidas corretivas adotadas pelos gestores municipais sobre os casos apontados. De acordo com a CGU, os resultados da fiscalização são 'amplamente favoráveis à gestão do Bolsa Família'", diz o MDS na nota. Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br
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