Cairo, 2 jun (EFE).- O Tribunal Constitucional do Egito declarou neste domingo inconstitucional a lei que permitiu a eleição da câmara alta ou Conselho da Shura (espécie de Senado), decisão que abre caminho para a dissolução da casa, que atualmente exerce todo o poder legislativo no país.
A corte considerou inconstitucionais as eleições para definir o Conselho da Shura, realizado no princípio de 2012, pois os partidos apresentaram candidatos a vagas destinadas aos independentes.
O professor de direito constitucional da Universidade do Cairo, Gaber Nasar, disse à Efe que após esta decisão a Shura, dominada pelos islamitas, não poderá aprovar nenhuma norma, exceto a lei que deve reger as próximas eleições para a câmara baixa.
Em relação à Assembleia Constituinte, a justiça terá que estudar se anula o trabalho do órgão, que redigiu a atual Carta Magna, aprovada em dezembro do ano passado em um referendo popular, segundo a televisão estatal.
O tribunal considerou inconstitucional a composição da Assembleia pois o órgão foi composto por membros das duas câmaras do Parlamento.
A decisão representa uma derrota para o presidente Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana, pois o braço político do grupo, o Partido Liberdade e Justiça, triunfou nas eleições legislativas de 2012 e conseguiu o domínio da Assembleia Constituinte. noticias.bol.uol.com.br
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