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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Professores do RS pedem prisão do governador por não pagar o piso

Cerca de 5 mil professores, segundo o Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), marcharam pelas ruas de Porto Alegre, na tarde desta terça-feira, para cobrar o pagamento do piso nacional no Estado. Eles pediam a prisão do governador Tarso Genro pelo não cumprimento da Lei do Piso. "Quem não cumpre a lei tem que ser preso", dizia a presidente do sindicato, Rejane Oliveira.

O grupo se concentrou a partir das 13h em frente à sede do sindicato, na avenida Alberto Bins, e marchou pelas principais vias do centro da capital gaúcha paralisando o trânsito. O Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro que paga o salário mais baixo a seus professores - R$ 977,60 para uma jornada de 40 horas semanais, segundo levantamento feito pelo Terra. O piso nacional é de R$ 1.567,00.

​O salário de R$ 977,60 é o básico para um professor que tenha o ensino médio e sobre esse valor incidem todas as vantagens. Apesar das dificuldades financeiras, o governo gaúcho disse que não vai fazer mudanças no plano de carreira, como aconteceu em outros Estados, para atingir o valor nacional. O Estado ainda contesta a forma de reajuste do piso, hoje baseada no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e defende a vinculação ao índice que mede a inflação. Em 2013, o piso teve reajuste de 7,97% em relação ao valor de 2012.

Professores de todo o País começaram hoje uma greve, com duração de três dias. "Essa manifestação também serve para denunciar as condições precárias das escolas, sem professores e funcionários, e a reforma da educação que serve para formar mão de obra barata para os patrões", dizia Rejane, classificando as políticas aplicadas pelo secretario José Clovis Azevedo como nefastas.

Por volta das 14h eles chegaram à sede do governo gaúcho, onde continuavam a concentração com música e discursos de entidades relacionadas. Foi quando uma pessoa caracterizada como sósia do governador foi simbolicamente presa pelos manifestantes, que chegaram a usar até uma viatura de mentira da polícia na encenação.

Dentro do Palácio Piratini o governador dava uma coletiva sobre a missão oficial que fará à Palestina e Israel para a criação de intercâmbio financeiro, tecnológico e cultural. Indagado sobre a manifestação, Tarso disse que encarava o ato “com absoluta tranquilidade. Essa encenação de que vocês falaram é algo que eles usam para chamar a atenção, e conseguiram, por isso que estão me perguntando sobre isso”, afirmou o governador, para momentos depois pegar o microfone e dizer que nenhum professor do Rio Grande do Sul recebe menos que o piso nacional. Fonte: Terra

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