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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prejuízos sucessivos de Eike Batista devem ser arcados por bancos

A cada dia que passa o mercado especula mais sobre o futuro do Grupo EBX, de Eike Batista. As empresas dele, as X, principalmente a de petróleo, a OGX, não param de derreter na Bolsa de Valores. A preocupação é grande porque as dívidas são muitas e bem altas.

Não se fala, entretanto, na possibilidade de risco sistêmico, afinal, o crédito de Eike está nas mãos de grandes bancos – BNDES, Itaú e BTG Pactual – e o bilionário possui ativos de muito valor, cabe a ele estruturar as dívidas e os ativos. Apesar disso, a aposta é de que algumas instituições bancárias acabarão forçadas a assumirem parte das perdas da EBX.

Ontem, a OGX seguiu sua trajetória negativa. Com a credibilidade arranhada, a empresa de petróleo de Eike Batista dia a dia perde uma parte de seu valor. Na mínima do dia, as ações caíram 17,17%, a R$ 1,64, mas fecharam um pouco melhores: -13,64%, a R$ 1,71. Há um ano, valiam R$ 14,64.

A forte queda de ontem da OGX ainda reflete o alerta emitido na quinta-feira pela agênciade risco Standard & Poor’s sobre a deterioração na capacidade de pagamento da petrolífera. A S&P rebaixou a nota de crédito da empresa em um degrau de “B” para “B-”. A perspectiva é negativa, o que indica que há possibilidade de novos rebaixamentos no médio prazo. “Apesar de a companhia não ter vencimentos de dívida significativos até 2018, esperamos que ela queime todo seu caixa durante 2013”, afirmaram os analistas da S&P em nota.

As outras empresas do grupo, que também vêm em franca desvalorização desde junho do ano passado, listadas em Bolsa – OSX, MPX, LLX, MMX e CCX – tiveram, ontem, variações de preços dentro da normalidade.

Inferno astral

O tombo das ações da OGX vem ocorrendo desde junho do ano passado, data em que aempresa anunciou resultados para o campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, bastante inferiores às estimativas. A primeira grande desvalorização aconteceu em junho daquele ano, quando a empresa recalibrou de 50 mil para 5 mil barris por dia a vazão dos dois primeiros poços na área.

O retrato da OGX na Bolsa, hoje, difere bastante daquele do seu ingresso no mercado, quando a demanda pelos papéis superou em 10 vezes a oferta, diante da grande expectativa dos investidores com as promessas de sucesso de Eike.
Na época, a captação de R$ 6,7 bilhões em oferta pública de ações foi a maior já realizada no Brasil. Passados cinco anos, o mercado castiga os papéis por motivo oposto: a frustração com estimativas de produção não confirmadas desencadeou um ceticismo generalizado com relação à capacidade de Eike de captar recursos necessários à continuidade da operação.

NO CHÃO
R$ 1,71 vale uma ação da OGX
Na sexta, 05, a empresa perdeu mais 13,64% de seu valor. Há um ano valia R$ 14,64. Fonte: A Gazeta

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