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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

MT: Estado aumenta em 18 milhões gastos com combustível, denuncia jornal


Os gastos com abastecimento de veículos oficiais do Governo do Estado subiram de R$54 milhões para R$72 milhões em um ano, o que significa um custo a mais de R$18 milhões aos cofres públicos. Este disparate estaria ocorrendo porque o governador Silval Barbosa (PMDB) decidiu deixar de comprar da Petrobrás – direto da fonte – para contratar uma rede de postos local. Pela lógica, isso significa pagar mais caro pelo produto, já que a rede mato-grossense de combustíveis compra da Petrobrás para revender para o Estado. Além do que, Silval Barbosa estaria preterindo a Petrobrás em que pese seu partido ser aliado do governo Dilma Rousseff.
A Petrobrás era a grande fornecedora de combustíveis para os órgãos públicos estaduais no governo de Blairo Maggi, que inclusive construiu um posto para abastecimento exclusivo da frota, localizado na área do Centro Político e Administrativo (CPA), onde está reunida a maioria das repartições públicas. Essa foi uma estratégia usada por Maggi para controlar o abastecimento e evitar eventuais fraudes. Um lacre ajudava a garantir o rigor. Hoje o posto está completamente abandonado. O local é frequentado por bêbados e usuários de droga e também por animais. Todo investimento feito com dinheiro público foi pelo ralo.
Hoje, no governo de Silval Barbosa, o Auto Posto Marmeleiro é detentor exclusivo do contrato. São 20 secretarias, 9 autarquias e fundações e 14 outros órgãos e centenas de escritórios espalhados por todo o estado com milhares de veículos oficiais cujo abastecimento está nas mãos de uma única empresa contratada pelo governo e também por órgãos como o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ministério Público, Procuradoria Geral de Justiça e Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Prefeituras de dezenas de municípios do interior de Mato Grosso também estão adquirindo combustível da mesma rede. Ou seja, deixam de economizar comprando o produto direto da fonte para serem clientes de revendedores – caso, por exemplo, de Várzea Grande, Campo Novo do Parecis, Sinop e Araputanga.


Em Cuiabá não é diferente. A prefeitura também deixa de investir em obras e serviços que poderiam estar beneficiando diretamente a população porque prefere pagar mais caro pelo litro do combustível, em que pese o novo prefeito, Mauro Mendes (PSB), ser empresário e saber muito bem que comprar qualquer produto de revendedor sai muito mais caro que direto da fonte. Nem bem assumiu, Mendes assinou a homologação da licitação - na modalidade pregão presencial - vencida pela empresa Marmeleiro - no valor aproximado de R$9 milhões.
Esse desperdício desnecessário de dinheiro público é motivo de muita indignação. “Enquanto isso, muitas pessoas estão na porta dos hospitais sem atendimento, à mercê da vontade de políticos que não estão nem um pouco comprometidos com as necessidades do cidadão”, reclama João Aparecido de Almeida Filho, servidor público estadual, que ficou abismado ao tomar conhecimento do fato. “Queremos saber o verdadeiro motivo que levou o Governo a deixar de comprar da Petrobrás. Se qualquer um de nós, simples cidadãos, preferimos economizar comprando qualquer produto pra nosso consumo direto do fornecedor, por que haveria o governador de preferir pagar mais caro pelo combustível?”, questiona Aparecido, servidor da Secretaria de Estado de Saúde, que também abastece seus veículos nos postos da revendedora contratada pela SAD.
O outro lado - Segundo a assessoria de imprensa da SAD, o sistema implantado por Blairo Maggi, de centralizar o abastecimento no posto do Centro Político, gerava muitos gastos. Seria em torno de R$300 mil por ano. E por isso o atual governo decidiu adotar um novo sistema. Sobre o controle do abastecimento dos veículos oficiais, a assessoria disse que é bastante seguro porque para cada veículo há uma espécie de cartão de crédito e que é bloqueado caso o condutor tente abastecer além da quantidade prevista pelo setor de origem. Não ficou claro, porém, por que o Governo do Estado deixou de comprar combustível mais barato da Petrobrás para adquirir o produto de um revendedor.

1.700 salas de aula
Esse custo “a maior” de R$ 18 milhões se iguala ao valor dos impostos arrecadados em janeiro de 2013 pela prefeitura de Barra do Garças, município localizado na região do Araguaia. E se esse dinheiro sobrasse nos cofres públicos, daria para o Governo do Estado garantir benefícios diretos à população, com melhoria incalculável das condições de vida.
Seria possível, por exemplo, contratar mais de 1.768 professores por um ano, construir mais de 1.709 salas de aula equipadas, contratar mais de 1.465 policiais por um ano ou construir mais de 1.001 casas populares de 40m².
Também se poderia construir 436 postos policiais equipados, adquirir 293 ambulâncias equipadas, construir 256 km de redes de esgoto, construir mais de 82 postos de saúde equipados ou mais de 21 km de pavimentação de estradas.

700 voltas em torno da Terra
O Governo de Mato Grosso prevê gastar em um ano R$72 milhões com abastecimento dos veículos oficiais. Com esse dinheiro é possível comprar 28,8 milhões de litros de combustível tomando como base um preço médio de R$2,50 o litro (álcool, gasolina e diesel). E com 28,8 milhões de litros daria para um veículo tipo Fiat Uno rodar em torno de 280.800.000 quilômetros de estrada em um ano. Se a circunferência da Terra mede cerca de 40 mil quilômetros, então com essa quantidade de litros daria para uma pessoa dar 700 voltas no globo terrestre pilotando um Fiat Uno. De http://www.aguaboanews.com.br

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