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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Confundida: A roupa faz o caráter?


por João Silvino

Convidado por um governador inglês para uma festa, Mahatma Gandhi chegou com suas vestes habituais, mas os criados não os deixaram entrar. Ele retornou imediatamente para sua casa e enviou, por mensageiro, um pacote endereçado ao governador. O governador ligou para a casa dele e perguntou-lhe o significado do embrulho. O sábio Gandhi respondeu: "Fui convidado para a sua festa, mas não me permitiram entrar por causa da minha roupa. Se é a roupa que vale, eu lhe envio o meu terno”.
É isso, a roupa atualmente vem sendo confundida com caráter. Quem inventou o paletó e gravata, por exemplo, achando que esses iriam aperfeiçoar a índole e cérebro do homem, se enganou completamente. O paletó e gravata deveriam ser usados com fantasias carnavalescas. Vamos mais além; Donos de igrejas, que enriquecem de maneira inexplicável com dízimos, os mais comprovadamente bandidos dirigentes de entidades de classes envolvidos em falcatruas, políticos corruptos, profissionais liberais ou não que dão golpes em clientes, jamais deveriam usar paletó e gravata. Todos deveriam usar roupas listradas com numeração na estampa.
 Bem diz o ditado que a roupa não faz o homem. Tem gente tão pouco informada sobre caráter, que basta ver alguém de terno, que logo o trata como doutor. O José Mujica, atual presidente da República do Uruguai não usa paletó e gravata, ainda doa 90% do salário. O paletó e gravata é também o mau gosto, para quem gosta de se aparecer. Se Cristo existisse entre nós atualmente, de carne e osso, ele seria novamente crucificado, não seria convidado para festas.

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