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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

BRASIL> REFORMA DE IMÓVEIS DA CÂMARA SUPERA GASTOS COM FAVELA


A Câmara dos Deputados gastou, nos últimos dez anos, R$$ 290 milhões em reformas e conservação dos 432 apartamentos funcionais colocados à disposição dos parlamentares. O valor supera o orçamento do projeto de reurbanização da terceira maior favela de São Paulo, a Gleba São Francisco. Entre 2003 e 2006, a média anual de gastos foi de pouco menos de R$$ 13 milhões. A partir de 2007, porém, o volume de dinheiro liberado para obras nos imóveis funcionais triplicou, chegando a uma média próxima de R$$ 39 milhões por ano. Os apartamentos estão situados em 18 prédios de propriedade da Câmara. Cada edifício tem 24 moradias de quatro quartos e cerca de 200 metros quadrados cada uma.

Do total de unidades, 30% estão desocupadas atualmente, a maioria em razão da realização de obras. O aumento de gastos em 2007 coincide com o pontapé inicial de um programa de reforma em metade dos prédios. Nos últimos seis anos, seis prédios ficaram prontos. Outros três permanecem em obras. Os apartamentos ganharam novos pisos e revestimentos, além de itens de conforto, como banheiras de hidromassagem. Caberá ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), eleito na última segunda-feira, liberar recursos para reformar os nove prédios restantes - a estimativa oficial é que os gastos adicionais superem R$$ 170 milhões nos próximos anos.

Assim, o custo da conservação e remodelação dos prédios desde 2003 e até o fim das obras pode chegar a R$$ 460 milhões. Para se ter um termo de comparação, a transformação da favela paulistana Gleba São Francisco em bairro deve custar R$$ 260 milhões. Lá vivem cerca de 29 mil pessoas, segundo a Prefeitura. O valor se refere a obras de saneamento básico, canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias, construção de parques e entrega de cerca de 1.400 apartamentos. $Benesses$ - Os deputados contemplados com apartamentos funcionais não precisam se preocupar com gastos de manutenção.

Nem mesmo a conta de luz incomoda os parlamentares. Contratos publicados na internet mostram que a Câmara paga R$$ 1,2 milhão por ano à Companhia Energética de Brasília pelo fornecimento de energia “às áreas comuns e privativas dos blocos de apartamentos funcionais”. Outros R$$ 166 mil por ano são reservados para pagar o fornecimento de gás às mesmas unidades residenciais ocupadas pelos deputados. Também para a confecção das chaves dos apartamentos a Câmara reserva recursos: são R$$ 24 mil reservados até o fim de 2013, em um contrato de um ano com a empresa Fumanchu Chaves e Segurança Eletrônica. (As informações do Estadão)

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