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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sobre desabafos e aparências

Por   / http://www.tramadopormulheres.com.br/
Incrível como a gente imagina uma vida inteira de uma pessoa observando por apenas cinco minutos. E sim, você já fez isso, eu já fiz isso, todo mundo já julgou um livro pela capa.
Todo mundo já tirou conclusões pela cara do sujeito, pelo jeito de andar, pelo estilo de vida e pelas escolhas profissionais.
Vou dar alguns exemplos baseados em experiências pessoais. Como algumas pessoas tiveram coragem de contar pra mim o que já pensaram de mim, eu sei bem como imaginam a minha vida.
Começa que eu tenho cara de metida, patricinha, fresca, folgada, brava e nojenta. Sim, eu sou aquele tipo de pessoa que você atravessaria a rua só para não me cumprimentar, e vou te contar que muita gente que eu conheço faz isso justamente porque não tem coragem de perder 5 minutos para me conhecer – quase – de verdade.
Que culpa eu tenho que minha mãe me fez com a pele boa, o nariz literalmente empinado e, eu acho, bom senso para me vestir? Sério. Que culpa eu tenho? E não quero ser metida falando desse jeito, longe disso, mas é por saber que tem gente que me julga como tudo aquilo que relatei justamente por causa desses motivos. E pior é saber que a minha mãe passou pela mesma situação quando tinha minha idade.
Isso não prova absolutamente nada. Eu posso até ter a cara da riqueza, mas você já viu meu extrato bancário hoje? É de sentar no chão, chorar e perguntar como eu consigo sobreviver.
Já tive até problemas no trabalho por ter gente que ACHA que eu trabalho porque eu gosto de tirar a vaga dos outros e que eu limpo o cu com nota de R$ 100,00. Mas quem chora a noite no travesseiro porque tá sem grana sou eu.
Nisso chegamos a outro exemplo importante. A pessoa para para me conhecer. Descobre que eu sou pobre, que eu esquento a mesma comida 3 vezes para aproveitar até o final e não jogar nada fora e que eu prefiro beber em copo sujo pra economizar. Aí já passa para o nível “ela não tem classe, não merece meu amor”. Cara, eu sou a Sandy, eu não peido e nem arroto, eu sou a melhor pessoa que sua mãe poderia conhecer!
E do mesmo jeito que fazem isso comigo, fazem isso com tantas outras pessoas sem ao menos imaginar o que ela realmente passou. Claro que eu também faço isso, é tão institivo, mas é cruel. E já me peguei pensando várias vezes como me enganei, porque eu dou uma chance.
E você? Já deu uma chance para alguém? Ou prefere se fechar no mundo das aparências e viver uma mentira?

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