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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BA: Fechamento da Azaléia pode causar demissões em todos os setores comerciais dos municípios atingidos


O fechamento de 12 unidades da Vulcabras Azaleia, anunciado na última sexta-feira, terá um impacto devastador na economia dos seis municípios-sede das fábricas. Ao todo, foram quatro mil trabalhadores demitidos. Na pequena Firmino Alves, na microrregião de Itabuna, o fechamento da fábrica deixará desempregada cerca de 80% da mão de obra formal da cidade.

Segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho, Firmino Alves tem 693  empregos formais, dos quais 570 estão na unidade da Azaleia. Em Itororó, também na região de Itapetinga, o impacto na mercado formal é da ordem de 60%. Dos 2.068 empregos formais, 1.242 estão na indústria calçadista. A situação não é diferente em cidades como Caatiba, Itambé, Macarani, cujas economias estão fortemente calcadas na produção de calçados. Em Itapetinga, cidade-sede da Azaleia na Bahia, o impacto tende a ser menor, já que a matriz continua em funcionamento.
Mesmo assim, o cenário é de preocupação.  O comércio de Itapetinga já teme pelas demissões, sobretudo porque não só funcionários que moram na cidade como também de outros municípios consomem na cidade. “Já estávamos esperando  demissões, mas só quando ocorre é que sentimos mesmo o impacto”,disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itapetinga, Oniel Silva Brandão (foto). Segundo ele, cerca de 50% da clientela local possui crediários no comércio – cenário que gera o temor de crescimento da inadimplência.

Crise pontual
As demissões na Vulcabras Azaleia representam cerca de 12% dos postos de trabalho gerados pela indústria calçadista na Bahia. Mesmo com o impacto, o presidente do Sindicato das Indústrias de
Calçados e Componentes do Estado da Bahia, Haroldo Ferreira, considera a crise pontual. Segundo ele, a forte concorrência do mercado asiático atinge prioritariamente o segmento que produz tênis e calçados esportivos – carro chefe do portfólio da Vulcabras Azaleia na Bahia. A empresa detém marcas como Reebok e  Olympikus.

“O   setor calçadista não está em crise. O que existe é um problema específico no segmento de tênis esportivos, que sofre uma concorrência desleal do mercado  asiático”, explica Haroldo Ferreira. A maioria das indústrias de calçados da Bahia produz  calçados femininos ou masculinos em couro, setores onde os asiáticos não tem tradição de produção. A solução para a crise  da Vulcabras Azaleia, explica Ferreira, passa por medidas antidumping, como a definição de sobretaxas aos calçados asiáticos, além da realização de investigações  nos certificados de origem dos calçados importados.
Culpado: 
INSENSIBILIDADE DO GOVERNO 

itapetingaagora

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