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terça-feira, 27 de novembro de 2012

ITABUNA-BA> O Grupo "Se Toque" chama a atenção das pessoas para o cuidado com a saúde através da prevenção do câncer de mama


a)O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado em 1988 para ampliar o conhecimento da população sobre o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção da doença. A Portaria do Ministério da Saúde GM nº 707, de dezembro de 1988, que regulamenta as comemorações, estabelece que a data seja uma oportunidade para "evocar o importante significado histórico das entidades de combate ao câncer, de consagração aos inumeráveis e valiosos serviços prestados ao país e proporcionar importante mobilização popular quanto aos aspectos educativos e sociais na luta contra o câncer”. 

b)O dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama foi criado pela Lei Federal 12.116, em 10.12.2009.

O Grupo "Se Toque" quer aproveitar a data, em Itabuna, para chamar a atenção das pessoas para o cuidado com a saúde através da prevenção e, também divulgar o resultado do mapeamento da realidade que realizou na cidade durante o Movimento Outubro Rosa. A partir do questionamento e aplicando um questionário em mulheres que compareceram à Tenda Temática foi  possível realizar um diagnóstico situacional em relação à saúde das mamas. O questionamento foi: Tratar alterações na mama tem sido difícil? 

O Grupo Se Toque, para responder esses e outros pontos, fez de 18.10.12 a 31.10.12 um levantamento junto à população para identificar se existiam obstáculos para o tratamento de doenças mamárias. Como outubro é o mês em que se enfatizam as ações de conscientização sobre a detecção precoce do câncer de mama, época em que são realizadas ações de sensibilização junto às mulheres, para que procurem o médico para fazer o exame clínico anual das mamas e os exames complementares, foi pois, o momento oportuno para mergulhar nessa questão. 
Assim uma equipe do "SE TOQUE" esteve de plantão na praça Olinto Leone, e depois na Av. do Cinquentenário, colhendo informações sobre a questão.
Após o levantamento, a análise prévia feita pelo Grupo mostrou que são grandes as dificuldades que as mulheres enfrentam quando buscam diagnóstico e tratamento para alterações nas mamas.
O levantamento não levou em consideração a situação de exceção vivida no momento atual nas Unidades de Saúde de Itabuna. Mas, mesmo considerando a situação do primeiro semestre deste ano de 2012, as pessoas encontraram muitos entraves para conseguir um diagnóstico para problemas nas mamas. Das dificuldades relatadas elencamos algumas que consideramos gargalos no fluxo de atendimento:
 1.  postos de saúde com ausência de médicos;
 2.  unidades que não possuem um ginecologista ou profissional de enfermagem habilitado a fazer o exame clínico das mamas e solicitar exames complementares;
 3.  cotas para realização de ultrasonografia mamária em número reduzido em todas as unidades de saúde, inviabilizando a realização das mesmas;
 4.  longo período de espera para autorização de exame de mamografia nos postos de saúde. Identificamos casos de espera de até 120 dias;
 5.  capacidade de atendimento no Centro Especializado em Oncologia - CEPRON limitada pela quantidade de profissionais disponíveis. Trata-se de um Centro que possui dois mastologistas para atendimento clínico e realização de punções e biópsias; 
 
Apesar das leis, das garantias constitucionais, fazer acontecer o que está previsto no papel requer mobilização e esforço de todos.
Durante as atividades do Movimento Outubro Rosa o Grupo Se Toque prestou informações e orientações especializadas através de suas palestras e oficinas da mama ha mais de 1.500 mulheres. Através de entrevistas, rodas de conversa e orientações pode constatar que há ainda muita desinformação e medo quando o assunto é câncer de mama. E a grande preocupação do "Se Toque" é que será preciso continuar e intensificar o trabalho de divulgação de informações sempre enfatizando que o câncer de mama quando diagnosticado em estágio inicial tem chances de cura de até 95%. Precisamos quebrar a barreira do medo, e acabar com situações como as que ainda hoje são encontradas em Itabuna, onde mulheres escondem de todos a existência de nódulos, sendo descoberto apenas quando se encontra em estágio avançado. 
Uma outra barreira para a cura é a demora entre a descoberta de um "caroço" (nódulo) e seu diagnóstico. É necessário que as Unidades de Saúde possuam profissionais treinados que possam agilizar o trabalho de identificação de lesões e para isso é preciso o efetivo treinamento das equipes tanto em relação à saúde da mulher quanto do homem. Temos no município bons profissionais mas, as ações de saúde precisam de articulação e agilidade. A prevenção de doenças passa pela mudança de hábitos dos indivíduos e, em se tratando de câncer, tratar em estágio inicial e para tanto é preciso que tenhamos políticas públicas eficazes de ação no município. Por enquanto as pessoas ainda estão chegando às unidades de quimioterapia e radioterapia para tratamentos após um lapso de tempo superior ao necessário. E o tempo faz toda diferença!  De: Sueli Santos Dias

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