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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ESQUECIDA, AMÉRICA LATINA NÃO ESTÁ NOS PLANOS DE OBAMA

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Rodolfo Borges _247, de Miami - Nada muda. Ou, se você acredita no governo Barack Obama, as coisas continuam mudando da forma como ele propôs e vem tentanto fazer desde sua primeira eleição, em 2008. Com a reeleição do presidente americano, o raciocínio naturalmente se aplica a sua política para o Brasil, que, assim como a América Latina, não foi sequer mencionado pelo presidente ao longo de sua campanha (releia "O que Obama fez pelo Brasil? Quase nada"). Aliás, os únicos latinos que Obama levou em conta, e que o ajudaram a se reeleger, foram os que moram nos Estados Unidos.

"Aproveito a oportunidade para cumprimentar o povo americano e o presidente Obama por sua eleição", disse a presidente Dilma Rosseff durante discurso na 15ª Conferência Internacional Anticorrupção na manhã desta quarta-feira. E a relação entre os dois presidentes não deve ir muito além da cordialidade nos próximos quatro anos. A grande preocupação do governo americano na América Latina deve permanecer sendo a defesa da estabilidade e o crescimento econômico, o que não chega a fazer do Brasil uma prioridade.

Obama tem desafios internos e externos maiores com que lidar nos próximos anos. Antes de tudo, precisa buscar equilíbrio e avanços econômicos, além de consolidar ações na área social. O ponto de tensão no exterior deve ser o Oriente Médio. "A questão está colocada principalmente na relação dos Estados Unidos com o Irã, se Obama vai partir para esforços em busca do diálogo ou vai escolher uma política de tensão. Se a segunda opção for feita, o resultado poderá ser catastrófico", como disse o professor Antonio José Ramalho, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasíia, à Agência Brasil.
Para o cientista político Ricardo Caldas, outro professor da UnB oubido pela Agência Brasil, Obama deverá dar continuidade às políticas que implementou de 2008 a 2012 no segundo mandato. "Mas é importante ter em mente que a aprovação do Orçamento dos Estados Unidos, por exemplo, não está nas mãos do presidente e, sim, do Parlamento", destaca. "No primeiro mandato, ele esbarrou em dificuldades", disse o professor, ao recordar que o Senado tem maioria do Partido Democrata, mas a Câmara de Representantes é dominada pelo Partido Republicano, que faz oposição ao governo. A situação se manteve igual após a eleição desta terça-feira.

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