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domingo, 14 de outubro de 2012

"Quem matou" pode finalmente revelar o vilão de "Avenida Brasil"

Nilson Xavier do UOL, em São Paulo 
O “quem matou” é um recurso que existe na telenovela desde a década de 1960. Alguns se tornaram clássicos, como o “quem matou Salomão Hayalla”, de "O Astro" (1977-1978), e o “quem matou Odete Roitman”, de "Vale Tudo" (1988-1989). De uns anos para cá, o “quem matou” acabou virando um estratagema recorrente para autores que querem dar um “up” na trama em sua reta final e assim despertar a audiência adormecida para a sua novela. Gilberto Braga, por exemplo, fez uso do recurso em todos seus trabalhos desde a minissérie "Labirinto", de 1998 (nas novelas "Força de um Desejo", "Celebridade", "Paraíso Tropical" e "Insensato Coração"). Hoje em dia, o público geralmente associa o “quem matou” à falta de criatividade do autor ou para chamar a atenção da audiência. O telespectador mais acostumado às artimanhas rocambolescas de nossos folhetins já vê o “quem matou” com certa resistência: lá vem mais um! Em sua reta final, "Avenida Brasil" fez uso de um “quem matou” que já vinha sendo anunciado há algum tempo. A bola da vez é o mau caráter Maxwell (Marcello Novaes), morto no capítulo de quinta-feira (11/10). A trama de João Emanuel Carneiro precisava de tal recurso? Um fenômeno de repercussão e audiência, "Avenida Brasil", desde o início, angariou uma legião de fãs que se acostumaram a uma novela ágil, cheia de reviravoltas e ganchos surpreendentes a cada capítulo.
Ou seja, o “quem matou Max” não foi para alavancar audiência, muito menos falta de criatividade dos roteiristas. Faltando uma semana para acabar, "Avenida Brasil" não tinha mais história para contar. Nina estava vingada e Carminha, desmascarada, caiu em desgraça. Quais nós restam ser desatados neste novelo? Talvez os que envolvam os personagens do lixão: o passado que une Max a Carminha (Adriana Esteves), a Mãe Lucinda (Vera Holtz), a Nilo (José de Abreu) e a Santiago (Juca de Oliveira). O assassinato de Max vem para elucidar e justificar o comportamento destes personagens. Existe uma história em Avenida Brasil que ainda é mistério para o telespectador, que conhece apenas a trama que começou lá atrás, com a pequena Rita (Mell Maia), e avançou para o presente, com o envolvimento de Carminha com a família de Tufão (Murilo Benício). Agora o público sabe que o começo desta história toda vem de antes. O desfecho do crime pode finalmente revelar quem é o vilão e quem é o mocinho deste folhetim.

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