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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Obama e Romney trocam farpas e acusações para ganhar pontos


 (Reuters) - O presidente democrata dos EUA, Barack Obama, e o adversário republicano, Mitt Romney, passaram boa parte do debate da noite de terça-feira verificando fatos e informações um do outro.
O momento mais polêmico aconteceu em resposta à pergunta de um membro da plateia, que era formada por eleitores indecisos, sobre a segurança da embaixada na Líbia.
O tema deu a Romney a chance de acusar o presidente de ter demorado duas semanas inteiras antes de admitir que o ataque que matou o embaixador norte-americano era de fato terrorismo.
Obama disparou de volta lembrando que havia feito isso em uma declaração no dia seguinte ao ataque nos jardins da Casa Branca. Romney pareceu surpreendido e a moderadora Candy Crowley, da CNN, confirmou que Obama tinha feito referência a terrorismo após o ataque.
Os dois candidatos também discutiram sobre assuntos relacionados a políticas energéticas. Romney disse que a rígida regulamentação do governo estava estrangulando a produção de combustíveis fósseis e eliminando empregos.

"O que nós não precisamos é ter um presidente que nos impede de aproveitar carvão, petróleo e gás", disse Romney.
Obama então mostrou a Romney uma declaração que o adversário fez enquanto lutava contra uma instalação de carvão poluente em Massachusetts, quando era governador do Estado.
"Quando eu ouço o governador Romney dizer que ele é um cara entusiasta de carvão, quer dizer, lembrem-se que, quando - governador, quando você era governador de Massachusetts, estava diante de uma fábrica de carvão e apontou para ela e disse: 'Esta fábrica mata', e ficou orgulhoso em fechá-la. E agora de repente você é um grande defensor do carvão."
Romney disse na verdade aproximadamente essas palavras quando combatia os esforços da Pacific Gas and Electric, em 2003, para atrasar a adoção de normas mais rígidas antipoluição contra a estação de energia de Salem Harbor, na região de Boston, de acordo com PolitiFact.
Os candidatos trocaram acusações também sobre a questão da imigração. Uma integrante da plateia chamada Lorena Osorio perguntou aos debatedores sobre o que fariam a respeito das pessoas que trabalhavam nos Estados Unidos sem a devida documentação.
O presidente atacou Romney por apoiar uma lei do Estado do Arizona que muitos consideram excessivamente dura, pois permite que os policiais peçam às pessoas por documentos de identificação, caso suspeitem que entraram ilegalmente nos Estados Unidos.
"Ele chamou a lei do Arizona de um modelo para a nação", disse o presidente.
Mas Romney se defendeu, dizendo que havia destacado apenas uma parte da lei que era menos polêmica como válida para se imitar nacionalmente.
"Eu não quis dizer que a lei do Arizona era um modelo para a nação neste aspecto," disse, acrescentando que havia dito que apenas a parte da lei que exige que os empregadores verifiquem o status legal de seus empregados era um modelo.
Uma transcrição do comentário de Romney, feito durante debate das primárias republicanas na CNN, em fevereiro, parece dar razão mais ou menos a versão de Romney.
A imigração é um ponto sensível ao candidato republicano para muitos, especialmente entre os eleitores hispânicos, porque o ex-governador de Massachusetts tem defendido a "auto-deportação", uma abordagem que visa fazer com que o imigrante sem documento fique desconfortável o suficiente para deixar o país por conta própria.
Ambos também trocaram farpas sobre a produção de energia nos EUA, com Romney cutucando o presidente com uma acusação correta de que a produção de petróleo em território público teve uma queda de 14 por cento e a produção de gás em terras públicas caiu nove por cento.
"A produção está em alta", disse Obama.
"Está em baixa", respondeu Romney.
"Não, não está", o presidente insistiu.
Embora os números de Romney estejam corretos, a informação foi escolhido a dedo e não reflete as tendências gerais, disse o PolitiFact. A produção foi abalada pelo desastre do derramamento de petróleo pela Deepwater Horizon no Golfo do México.
(Reportagem de Mark Felsenthal e Lucy Shackelford)

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