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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Google deve falir em cinco anos, diz gestor


O resultado decepcionante do Google no terceiro trimestre abriu espaço para perspectivas mais sombrias a cerca da solidez da empresa, que carrega nos ombros atualmente metade da publicidade online dos Estados Unidos. Em uma avaliação mais apocalíptica, um gestor consultado pela rede CNBC indica que a empresa pode "desaparecer" em cerca de cinco a oito anos, caso as pressões das concorrentes criem raízes mais fortes.

  Segundo Eric Jackson, fundador e gestor da Ironfire Capital, a empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin está andando fora dos trilhos para dominar o segmento de pesquisas e pode estar fadado a trilhar por similiarcaminho sinuoso que levou o Yahoo! ao fundo do poço há cerca de dois anos. "Ele pode desaparecer entre cinco a oito anos", comenta, assim como o Yahoo!, que costumava ser o rei das buscas no início dos anos 2000".

De acordo com o gestor, o Google deve perder a liderança no segmento de buscas por problemas similares que outras companhias como o Facebook enfrentam com a divisão mobile. "Se o Facebook viu uma queda pela metade dos preços das suas ações (desde a abertura do capital, em maio) diante da desaceleração nas suas vendas, por que não podemos ver algo parecido com o Google?", indagou.

  Na última quinta-feira (18), a companhia divulgou o balanço do 3° trimestre, no qual apontou que o custo por clique caiu 15% no período, o que parece um dado controverso já que as vendas subiram entre os meses de junho e setembro, ressalta Jackson. A razão para isso? O gestor explica que os usuários estão pesquisando mais e usando mais dispositivos, embora os anunciantes não estejam tão interessados em pagar por espaços para propaganda, já que esses anúncios não são tão visíveis.

  Vale lembrar, contudo, que não foi apenas isso que chocou Wall Street na véspera. A empresa reportou um lucro trimestral muito inferior ao esperado pelos analistas, com queda de 20%. O mercado reagiu imediatamente. As ações da líder global em busca e propaganda na Internet caíram 9,03%, para US$ 687,30 por ação, após o envio acidental do balanço, quatro horas antes do planejado, para a SEC (Securities & Exchange Commission) ou Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

O analista, entretanto, vê que a companhia está se esforçando para mudar esse panorama. Um exemplo é o Google Shopping, que foi alterado para gerar apenas resultados pagos. Contudo, isso também pode gerar ainda mais problemas para a companhia. A questão agora é se isso é apenas a ponta do iceberg, disse Jackson. Além disso, "devemos começar a ver resultados pagos em outras áreas do Google e isso poderá degradar a experência de busca?", ressalta o gestor. 
Paula Barra | do InfoMoney

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