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sábado, 27 de outubro de 2012

Eduardo Suplicy, o chorão


O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chora na tribuna do Senado ao ler carta aberta escrita pela filha do ex-presidente do PT José Genoino, que fala da trajetória política do pai.

Os políticos e governos do PT deveriam chorar pela multidão de brasileiros, sem eira nem beira, que continua sendo tratada como cidadãos de segunda categoria nas portas dos hospitais da rede pública de saúde, enquanto o senador Suplicy desfruta de plano de saúde gratuito do Senado, sem nenhuma contribuição monetária, mas acha tudo isso normal e não move um dedo para combater essa pouca-vergonha. Entretanto, o senador não sai em defesa da patuleia descamisada que padece e morre nas filas dos hospitais públicos, mas sabe tomar as dores da filha do Genoino, condenado pelo STF. Muita hipocrisia.

É até compreensível que uma filha saia em extremada defesa do pai. O que não é se aceita é um senador da República vir usar a tribuna do Senado - porque o estamento é lugar apenas para tratar dos superiores interesses na da nação, da sociedade e não de outras coisas particulares – para fazer apologia à vida do senhor José Genoino, em flagrante reproche à decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que condenou Genoino e outros malfeitores. Lembre-se, senador, de que o STF é um órgão do Poder Judiciário, que opera com independência e não pode ficar sujeito aos interesses subjacentes daqueles que talvez preferissem que o superior tribunal funcionasse dentro do espírito bolchevique de submissão aos comandantes do poder.

É inadmissível que o senador Eduardo Suplicy veja no gesto do STF algum ranço de vingança ou comportamento antidemocrático. Afinal, oito dos onze ministros foram indicados à Corte pelo PT, e a sua maioria expressiva votou pela condenação de Genoino e de outros acusados porque encontrou provas suficientes para as condenações. É preciso que esses sentimentos partidários protecionistas de elementos indecorosos sejam contidos em defesa da ética e da moralidade.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

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