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sábado, 22 de setembro de 2012

VEJA MUDA DE ASSUNTO E DECIDE FALAR SOBRE SEXO

Edição/247: lula veja marcos valerio
247 – Como adiantamos aqui no 247, o empresário Roberto Civita, dono do grupo Abril, decidiu jogar truco com a democracia brasileira, sem ter o Zap, a carta mais forte do jogo (leia mais aqui). Na semana passada, publicou uma “entrevista” de Marcos Valério, negada pelo próprio, acusando o ex-presidente Lula de chefiar o mensalão e comandar um caixa dois de R$ 350 milhões. Era uma tentativa clara de iniciar um golpe paraguaio (leia mais aqui) para impedir a eventual volta de Lula ao poder, seja em 2014, seja em 2018. E, ontem, um dos colunistas da revista, Ricardo Setti, publicou artigo roteirizando o golpe, com entrevistas, também em off, com juristas que indicariam os artigos do código penal nos quais Lula deveria ser enquadrado (leia mais aqui).
O que se esperava de uma publicação séria é que apresentasse as provas das graves acusações que fez a a um ex-presidente que deixou o cargo com 70% de aprovação popular. Veja, no entanto, decidiu mudar de assunto. Fez uma capa sobre sexo – o que é bom, é claro – com duas referências a outros assuntos: a queda dos juros dos cartões de crédito e o radicalismo islâmico. Mensalão? Que nada! Melhor mudar de assunto.
Há, no entanto, uma reportagem interna na revista Veja, apenas para que a vergonha não seja completa. Intitulada “O mensalão bate na porta”, o texto assinado por Daniel Pereira e Rodrigo Rangel diz que “Lula se cala diante das revelações do empresário Marcos Valério”.
Na verdade, quem se calou foi Veja, que colocou na boca de um empresário condenado por vários crimes frases que o próprio já negou e tentou incitar o ex-presidente Lula a bater boca publicamente com uma pessoa que não deve estar vivendo seu melhor momento emocional.
Ao contrário do que diz Veja, não houve silêncio. Ao contrário. Uma nota assinada por presidentes de seis partidos denunciou a tentativa de golpe paraguaio, iniciada por Roberto Civita, a partir de uma “entrevista” sem fita, sem áudio e que, provavelmente não existiu. Apenas uma trucada irresponsável sem Zap.

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