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domingo, 9 de setembro de 2012

Ministério Público procura contador de Carlinhos Cachoeira

Estado de Minas
O Ministério Público Federal recebeu informações de que Geovani Pereira da Silva, contador da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira, passou por três estados nos últimos cinco meses: Bahia, Goiás e, mais recentemente, Rio de Janeiro. Ele está foragido desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo e prendeu a cúpula da organização criminosa. Menos o homem responsável pelas transações financeiras milionárias do bando.

A pista mais consistente chegou no fim de maio. Sob proteção de um coronel da Polícia Militar, ele teria se refugiado em uma fazenda na cidade de Catalão (GO), a 320 quilômetros de Brasília. Os procuradores do MP pediram à Polícia Federal uma diligência no endereço. Os agentes federais confirmaram que o imóvel pertencia ao PM em questão, mas Geovani não estava na fazenda. Uma chácara de propriedade do próprio Cachoeira, em Anápolis, município goiano e berço da quadrilha, também foi apontada como esconderijo.

A primeira informação sobre o paradeiro do contador foi passada em março, logo após a prisão do bicheiro e seus aliados. Na ocasião, os procuradores do MP receberam uma denúncia de que o contador estava na Bahia. Não se descobriu, no entanto, em qual município. Há menos de um mês, Geovani teria sido visto no Rio de Janeiro. A ausência de detalhes, mais uma vez, impediu o início de uma busca no estado.

"As investigações mostram que, mesmo antes da prisão dos integrantes da quadrilha, Geovani costumava não manter residência no mesmo lugar por muito tempo. Esse é um dos aspectos que dificultam a captura dele. Além disso, ele guardava muitas informações na cabeça e conseguiu fugir com o computador onde devem estar armazenados dados importantes a respeito de suas atividades", afirmou um integrante do MP que participou da investigação.

Apesar das informações de posse do MP, os procuradores e a PF não descartam que Geovani esteja no exterior, embora o único rastro do contador seja seu passaporte, entregue à Justiça pelo advogado dele, Calisto Abdalla Neto. Ele garante que seu cliente não saiu do país, sempre esteve em Goiás. Reafirma que Geovani só se entregará caso o pedido de prisão dele seja revogado. O MP já recusou a proposta. 

Mesmo com a CPI do Cachoeira parada, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), adiantou que pedirá à PF um esforço concentrado para chegar ao contador. "Esta semana, solicitaremos à PF colocar toda a logística e o serviço de inteligência em ação para o capturarmos. Pedimos aos bancos dados das transações dele. Não há dúvida de que Geovani é peça-chave neste momento. Tudo passa pelo contador", justificou Odair Cunha. 

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