Para muitos, a saraivada que o promotor Inocêncio Carvalho intentou aplicar à Câmara de Vereadores pode parecer um exemplo pronto e acabado da justiça que desvia seu foco dos ladrões de galinha e alcança os de colarinho branco. Mas aparências costumam enganar.
No alvo da ação pretensamente moralizadora, é possível existir pessoas que não cometeram nenhum ilícito e já se divulgam inclusive supostas armadilhas mal-intencionadas nos documentos analisados pelo MP. Como saber o que é verdade ou não sem uma análise mais apurada, sem pressa nem suspeita de contaminação pelo momento político?
A “metralhadora” do MP mirou de uma só vez em toda a Câmara e, como se disse, o “furdunço” foi tamanho, que no dia seguinte já estavam os 13 suplentes posicionados para tomar posse e, possivelmente, no terceiro dia colocar em votação as contas do atual prefeito. Rito sumaríssimo.
O alvoroço contou com um site de Salvador que, embora distante dos fatos, publicou decisão judicial sobre o afastamento dos vereadores. Um “furo” tão espetacular, tão fenomenal, que se deu antes mesmo da liminar ter sido expedida. E ela nunca seria!
Em Itabuna, a confusão chegou ao ponto de, ainda nesta terça-feira, 4, ter jornal negando o afastamento dos vereadores em uma matéria e o afirmando em notas na coluna de política. Não deu tempo para consertar… Mas o efeito da lambança provavelmente será diferente do que se esperava. De http://www.cenabahiana.com.br/v1/
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