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sábado, 18 de agosto de 2012

Zezé Di Camargo: 'Queria Casar com os Homens e namorar as Mulheres'


Zezé Di Camargo se joga no sofá de couro da suíte presidencial do Hotel Unique, em São Paulo, onde a equipe de QUEM o esperava para uma conversa exclusiva, em uma tarde de entrevista coletiva para o lançamentode seus novos CD e DVD, Zezé Di Camargo e Luciano. Com aquela cara que, carinhosamente, pode ser classificada como “de safado”, ele olha para as duas entrevistadoras e diz: “Agora eu sou todo de vocês”. 

É o jeito Di Camargo de ser. O mesmo jeito com que ele tanto brinca sobre a chegada dos 50 anos quanto fala sério a respeito de seu novo estado civil. “Estou sozinho, solteiro, solteiro mesmo, sem ninguém”, admite, após meses de especulação sobre o fim do casamento com Zilu, com quem teve a cantora Wanessa, de 29 anos, a atriz Camila, de 26, e o estudante e DJ Igor, de 18. “Adoro essa polêmica toda que aconteceu. As mulheres adoram”, ele diz, maroto.

 Zezé só deixa a ironia de lado na hora de mostrar seu respeito pela mulher que o acompanhou em toda a sua trajetória, desde os tempos em que era um jovenzinho muito pobre tentando um lugar ao sol na praia da música até o megassucesso da dupla com o irmão Luciano. “A Zilu é uma pessoa que jamais vai sair da minha vida. Estamos separados, mas vocês ainda vão nos ver num bar tomando cerveja”, avisa, finalmente admitindo que o casamento, embora não tenha sido legalmente desfeito, já tinha chegado ao fim quando Zilu foi morar em Miami, no fim do no ano passado.

 Ao longo da conversa, Zezé mostra que, aos 50 anos, ainda está muito mais para o cantor sertanejo de músicas românticas e roupas justas que enlouquece as fãs e que agora volta à pista para negócio do que para avô de José Marcus, o filho de Wanessa e do empresário Marcus Buaiz, nascido em janeiro. Suas prioridades hoje? “Cuidar da saúde, viver bem, ser feliz.”

 QUEM: Você está fazendo 21 anos de sucesso, 50 de vida. O que mudou?
 Zezé Di Camargo: A gente chega numa idade da vida em que as prioridades passam a ser outras. Agora é saúde. Cuidar da saúde, viver bem, ser feliz. Porque tem uma parte da sua vida que você tira para construir a felicidade que vai vir depois, que você acha que vai vir. Você passa a vida inteira batalhando para chegar num conforto na sua velhice.

 QUEM: E você vai fazer o que com o seu conforto?
 ZC: Tem a brincadeira que diz que o homem tem três fases na vida. Na primeira fase, tem tempo e disposição para curtir, mas não tem grana. Na segunda, tem disposição e grana, mas não tem tempo. E, na terceira, tem tempo e tem grana, mas não tem disposição. Acho que vou ser um caso inédito que tem grana, tempo e disposição para aproveitar. Eu luto para isso.

 QUEM: E o quanto você é vaidoso?
 ZC: Eu me cuido, mas não sou excessivo. Quero envelhecer naturalmente. Mas, que vou fazer ginástica, eu vou. Vou lutar para estar com 70 anos com tanquinho na barriga. Para estar com coxão, usando calça justa.

 QUEM: E, fora a malhação, não tem uns cremes, cuidados com a pele?
 ZC: Nada. Eu lavo o cabelo com sabonete do banheiro. Juro por Deus. Não uso xampu, condicionador, nada, nada. Sou um cara que faz jus àquilo que eu gasto (risos). Paguei o hotel, uso o sabonete do hotel.

 QUEM: Mas o sabonete aqui é Bulgari.
 ZC: O daqui, né? Mas vai para o hotel lá na conchinchina. Uso um perfume só a vida inteira, que é o Azzaro.

 QUEM: Azzaro é perfume dos anos 80.
 ZC: Mas é bom até hoje. Não tem perfume melhor. É cheiro de homem.

 QUEM: Vou insistir: nem um creme?
 ZC: Às vezes, no pé, quando começa a ressecar. Unha eu faço porque faz parte da higiene. Mas nunca pintei o cabelo. Acho horrível cabelo pintado. Meu cabelo é muito preto. O Luciano tem mais cabelo branco do que eu.

 QUEM: E botox?
 ZC: Fiz botox umas duas vezes porque minha dermatologista me orientou. Tinha hábito de franzir a testa cantando, estava ficando com marca. Imagina duas horas cantando franzindo tudo. Não uso mais. Achava feio, me incomodava. Hoje, uso botox num lugar que ninguém imagina.

 QUEM: Onde?
 ZC: Nas axilas. Para não transpirar, não fazer aquela marca horrorosa na roupa. Olha, não estou transpirando.

 QUEM: Então, você não está nada incomodado com os 50 anos?
 ZC: Não, nem um pouco. Se estivesse com cara de 50 anos, estaria (risos).

 QUEM: Ser avô mexeu com você?
 ZC: No começo, sim. Pensei, caramba, vou ser chamado de avô. Depois, com o tempo, você vai absorvendo e aí nasce o bebê e você começa a curtir. Exatamente por achar que estou bem, por me cuidar, não fez diferença.

 QUEM: Como é o Zezé vovô?
 ZC: Estou meio relaxado, podia estar mais atento. Nesta semana ele (José Marcus) estava resfriadinho e não tive tempo de ir lá. Wanessa, às vezes, me liga: “Você não vem ver seu neto?”.

 QUEM: Com os filhos você conseguiu ser presente?
 ZC: Sempre fui muito família. Hoje, sou mais tranquilo, porque estão todos procurando seu rumo na vida. Mas, na medida do possível, fui um pai que cuidou mesmo da família.

 QUEM: Está feliz com o rumo deles?
 ZC: Falo para meus filhos: quero de vocês a boa vontade para fazer as coisas. Não quero filhos preocupados em trabalhar para sobreviver como foi comigo. A sobrevivência deles está garantida. Quero é que eles se realizem.

 QUEM: É verdade que você ficou magoado quando Wanessa parou de usar o sobrenome Camargo?
 ZC: Nunca aconteceu isso. Quem deu a sugestão fui eu. Eu disse: “Acho que a Wanessa construiu um caminho dentro do popular que ela não deveria mudar”. Mas, já que ela queria mudar, tinha que se desligar de tudo relacionado a mim, para não sofrer preconceito. Se ela está feliz, está ótimo.

 QUEM: Você se relaciona bem com seu genro, Marcus Buaiz?
 ZC: Minha relação com o Marcus é de pai para filho. Já fui a balada com o Marcus em Las Vegas, fiquei bêbado, ele cuidou de mim. Se ele tem problema, às vezes, com a Wanessa, a primeira pessoa que ele procura sou eu. E todos os problemas pessoais que tenho, as primeiras pessoas que procuro são a Wanessa, o Marcus. Pode não parecer, mas a gente tem uma sintonia.

 QUEM: Você não pensa em diminuir o ritmo de trabalho?
 ZC: Tenho uma vantagem, eu me divirto trabalhando. Neste ano a gente fecha com 130, 140 shows. Está ótimo.

 QUEM: E, quando sobra tempo, como você tem se divertido?
 ZC: Gosto de reunir uma turma de amigos e ir para uma beira de lago. Para a minha fazenda ou para o Pantanal, onde vou duas vezes por ano.

 QUEM: Não viaja para fora do país?
 ZC: Não gosto. A Zilu já conhece o mundo inteiro, eu não conheço praticamente nada. Passo o ano inteiro fazendo mala e entrando em avião. Nas férias, vou fazer a mesma coisa? Quero ir para o campo, jogar bola, pescar, beber cachaça, contar piada, jogar truco. Uma vez, a Zilu me ligou de Veneza: “Você tem que vir conhecer”. Falei: “Eu vou, eu vou”. Eu estava em Mossoró, Rio Grande do Norte. Foi engraçado, ela em Veneza, eu em Mossoró.

 QUEM: E você foi a Veneza?
 ZC: Nunca. Estava muito feliz em Mossoró (risos). Ia fazer show lá, estava lotado. Eu adoro aqueles gritinhos “Zezé, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”. No dia em que não fizerem isso para mim, vou pagar uma turma só para ficar gritando.

 QUEM: O que acha do novo sertanejo?
 ZC: Não tem nada de novo aí. É só uma nomenclatura. Quando nós surgimos, também éramos o new sertanejo. O que eles cantam hoje é uma mistura de arrocha, que já existia no Nordeste, da Vaneira, que é do Sul, e do sertanejo, que tem aqui.

 QUEM: E o sucesso das músicas de refrão pegajoso?
 ZC: Sucesso eu não discuto, respeito. Só são músicas que eu jamais gravaria. Porque não têm nada a ver com Zezé Di Camargo e Luciano. Eu só canto o que admiro. Os outros podem achar uma merda, mas eu gosto. Tenho tantas músicas maravilhosas que gravei, não sobra tempo para “tchu tchu, tcha tcha”, não dá. Não desmerecendo os meninos, é outra história.

 QUEM: A inspiração que você tinha há 21 anos é a mesma de hoje?
 ZC: É a mesma, só que a minha autocrítica hoje é maior, a exigência é maior. Antigamente, eu aceitava rimar coração com solidão. Hoje, já não aceito mais. A gente vai melhorando.

 QUEM: Ficou mais exigente em tudo?
 ZC: Tenho minhas filosofias de vida. Primeiro, a de viver todo dia como se fosse o último. Porque um dia vai ser mesmo. (ele faz uma cara de quem vai falar besteira). Outra filosofia que criei é que eu queria amar as mulheres, namorar as mulheres, transar com as mulheres e casar com os homens (risos).

 QUEM: Como assim?
 ZC: Homem não dá problema, mulher é muito problemática.

 QUEM: Mas você teve problema com o seu irmão. A briga do fim do ano passado foi resolvida?
 ZC: A gente não esperava nunca que tomasse aquela proporção toda. Para mim foi um baque muito grande. Mas foi facílimo fazer as pazes depois. Guardadas as devidas proporções, a tragédia tem o poder de unificar os povos. Acho que fizemos isso. O Luciano virou outra pessoa, nunca mais a gente teve uma discussão.

 QUEM: Vocês contam que a briga começou com uma discussão sobre atender pessoas no camarim. Não é verdade que a Flávia, mulher do Luciano, estaria incomodada com a presença de uma namorada sua?
 ZC: Não é verdade. Nunca. Se tem uma coisa em que a gente não interfere é na vida pessoal um do outro. Mesmo. Eu nunca fui na casa do Luciano sem avisar a ele, por exemplo.

 QUEM: Quais são as maiores qualidades de vocês dois e os piores defeitos?
 ZC: Somos duas pessoas muito opostas. Eu sou inteiramente comedido, gosto de pensar muito. Já fiz minhas cagadas também, não sou nenhum santo, mas sou bem mais comedido. O único defeito que acho no Luciano é ele ser explosivo do jeito que é. Ele explode de uma vez e deixa todo mundo sem graça.

 QUEM: Agora conta se você está realmente solteiro.
 ZC: Eu tô solteiro, eu tô na pista (cantando). Estou querendo levantar polêmica, a polêmica está no ar.

 QUEM: Vocês sempre reclamam de polêmica. Por que não fala a verdade?
 ZC: Essa polêmica eu gosto. As mulheres adoram (risos). Deixa eu solteiro, vai.

 QUEM: Você está solteiro. Está feliz?
 ZC: Sim, estou feliz (fala com bastante seriedade). Estou solteiro, solteiro mesmo, não tem ninguém, ninguém mesmo.

 QUEM: E como está a Zilu?
 ZC: A Zilu é uma pessoa que jamais vai sair da minha vida. Temos laços. O amor não acaba, só muda de forma. Tomamos rumos diferentes.

 QUEM: É verdade que ela está namorando um rapaz bem mais jovem?
 ZC: Isso eu não sei, mas ela diz que não. Ela está em Miami, levando a vida dela, fazendo o que gosta. Deixa ela ser feliz. A Zilu merece ser muito feliz. Estamos separados, mas vocês ainda vão nos ver num bar tomando cerveja, jantando. Temos uma história juntos. Quem Online

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