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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Brasil vai reduzir superavit comercial para ajudar a Argentina

247 – O governo não confirma, mas uma proposta de redução do superavit comercial já teria sido entregue para a Argentina. Segundo a Folha, o Planalto admite ganhar cerca de R$ 2 bilhões menos para evitar a deterioração da economia argentina, e por consequência, o contágio do Brasil. Leia na matéria da Folha:
O governo Dilma Rousseff admite ganhar cerca de R$ 2 bilhões menos no comércio bilateral com a Argentina para ajudar o país vizinho num momento de agravamento de sua situação econômica.
A Argentina vive fuga de capitais, inflação em alta e desaceleração da indústria --e o Brasil sabe que terá de socorrer seu terceiro maior parceiro comercial.
Setores da economia brasileira --como automobilístico, têxtil e de alimentos-- serão prejudicados se a economia argentina se deteriorar mais. E é justamente o temor de contágio em áreas estratégicas que a Esplanada dos Ministérios tenta espantar.
Segundo a Folha apurou, há uma decisão não declarada oficialmente do Brasil de reduzir o superavit com a Argentina de R$ 5,8 bilhões em 2011 para R$ 4 bilhões.
A assessoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nega, mas a proposta já foi até apresentada ao lado argentino e prevê a fixação de cotas extraoficiais de exportação de produtos brasileiros.
Atualmente, diversos itens vendidos ao vizinho sofrem barreiras protecionistas. A ideia das cotas informais é justamente livrar produtos desse entrave, mesmo que haja um limite de venda.
As dificuldades enfrentadas pela Casa Rosada vêm erodindo a popularidade da presidente Cristina Kirchner.
Em Brasília, o sinal de alerta aparece também nos telegramas confidenciais emitidos por diplomatas brasileiros. A Folha teve acesso a algumas dessas mensagens oficiais. Em telegrama de janeiro deste ano, a embaixada brasileira em Buenos Aires prevê a continuidade da fuga cambial ao longo de 2012.
Dilma Rousseff também já ouviu relatos de assessores de que a taxa de câmbio apreciada na Argentina resultou em perda de competitividade, diminuindo as reservas.

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