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sábado, 7 de julho de 2012

BRASIL: Presos africanos estão abandonados nas prisões, afirma instituto

Os africanos que estão presos no Brasil não contam com qualquer assistência de embaixadas e consulados de seus países de origem. A denúncia foi feita nesta sexta-feira (7/6) pelo presidente do Instituto Nelson Mandela, José Carlos Nascimento Silva Brasileiro.
“Frequentemente vamos aos consulados de países africanos, fazemos contratos com embaixadas africanas, mas não conseguimos sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de prestar assistência aos presos”, disse José Brasileiro.
Em evento promovido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na sede da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio de Janeiro), o presidente do instituto também relatou que os presos estão completamente abandonados, sem contato com parentes e amigos.
“Nas prisões, ficam perdidos, sem saber o que fazer. Até mesmo para conseguir um sabonete, uma pasta de dentes, eles têm que pedir a ajuda de outros presos”, afirmou.
Em relação às embaixadas e consulados de países europeus e dos EUA, José Brasileiro explica que a situação é totalmente diferente. “Os presos europeus e americanos contam com total apoio. As autoridades americanas, por exemplo, têm uma grande preocupação com o bem-estar dos seus cidadãos e acompanham os processos e a situação do encarceramento”, afirmou.
Reinserção social
José Brasileiro é um ex-detento que permaneceu preso por 16 anos. Ele fundou o Instituto Nelson Mandela há 23 anos, quando ainda cumpria pena na Penitenciária de Lemos de Brito, no Rio de Janeiro. Hoje, ele se dedica a trabalhar pela reinserção social de detentos e egressos do sistema carcerário.
“Nosso instituto é o primeiro criado dentro de uma prisão no Brasil, e o segundo no mundo”, conta. No próximo dia 18, aniversário de Nelson Mandela, o instituto completa 23 anos de fundação.
O seminário sobre presos estrangeiros, realizado por meio de parceria entre o CNJ e a OAB-RJ,  tem o objetivo de discutir questões jurídicas e sociais que envolvem os cerca de 3 mil encarcerados de outras nacionalidades no País. São temas como prisão, defesa e processos de expulsão, além de questões que envolvem o contato com a família e com autoridades do país de origem. De http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/56870/presos+africanos+estao+abandonados+nas+prisoes+afirma+instituto.shtml

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