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domingo, 24 de junho de 2012

CPMI do Cachoeira marca nove depoimentos para a próxima semana

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados deverá ouvir os depoimentos de nove pessoas na próxima semana.

Os três primeiros depoentes serão questionados na terça-feira (26), a partir das 10h15, sobre a venda da casa onde o contraventor foi preso em fevereiro deste ano. O imóvel, num condomínio de luxo em Goiânia, pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Serão ouvidos na terça o ex-assessor de Perillo, Lúcio Fiúza Gouthier, que teria presenciado o pagamento do imóvel; Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada num cartório em Trindade (GO); e Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da residência.

Na quarta-feira (27), também às 10h15, serão ouvidas outras três pessoas ligadas ao governador de Goiás:

* Jayme Eduardo Rincón: ex-tesoureiro da campanha de Perillo ao governo do estado em 2010, é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e foi citado em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, foram depositados R$ 600 mil pelo grupo de Cachoeira na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Jayme como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados. Da primeira vez em que foi convocado, em 30 de maio, Jayme alegou problemas de saúde para não comparecer;

* Eliane Gonçalves Pinheiro: ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo, ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais. Segundo a PF, ela avisou Geraldo Messias, prefeito de Águas Lindas (GO), que agentes fariam uma operação de busca na casa dele numa operação de combate a fraudes contra a Receita Federal em Goiás. Logo que as denúncias vieram à tona, ela pediu exoneração. Da primeira vez que foi convocada, Eliane conseguiu habeas corpus para ter o direito de permanecer em silêncio e também alegou problemas de saúde para não comparecer;

* Luiz Carlos Bordoni: o radialista afirmou, em entrevista à imprensa, ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010. Segundo a PF, a Alberto & Pantoja é uma empresa de fachada de Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta Construções S.A. Parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi feito em um depósito na conta da filha do radialista, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Também à imprensa, o radialista afirmou que outra parte do pagamento foi feita diretamente por Perillo. O governador goiano negou o fato por meio de nota oficial, informando que "jamais fez pagamentos a quem quer que seja" e que sempre recebeu jornalistas em seu escritório, incluindo Bordoni, mas para conversas sobre temas políticos da época. Agora, Bordoni está sendo processado por Perillo.

Na quinta-feira (28), às 10h15, a CPI colhe depoimentos para buscar esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT). Serão ouvidos:

* Cláudio Monteiro: ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF. À CPI, Agnelo afirmou não ter conhecimento sobre qualquer proximidade de Monteiro com Cachoeira e defendeu seu ex-subordinado;

* Marcello de Oliveira Lopes: também conhecido como Marcelão, é ex-assessor da Casa Militar do DF. Segundo a polícia, ele estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital. Agnelo relatou à CPI que, logo depois que se tornaram públicas as denúncias, Marcelão foi afastado;

* João Carlos Feitoza: ex-subsecretário de Esportes do DF, também conhecido como Zunga, é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o governador Agnelo e o contraventor.

Agência Senado

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