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terça-feira, 5 de junho de 2012

BRASIL: Crianças morrem envenenadas após chuparem pirulito

Mais um caso de suposto envenenamento por doces registrado no município de Barra do Corda, a 462 quilômetros de São Luís (MA), no último domingo. A vítima foi Rian Ribeiro da Silva, 6 anos, morador do bairro Vila Nenzim que, segundo relatos de testemunhas à polícia, havia ingerido um bombom e minutos após passou mal. O garoto foi socorrido e levado ao hospital da cidade, mas não resistiu. Segundo laudo cadavérico da casa de saúde, Rian deu entrada com sintomas de tontura, tendo seu quadro clínico evoluído para óbito. Amostras dos bombons foram enviadas ao Instituto de Criminalística (Icrim) e o corpo da criança, ao Instituto Médico Legal (IML) para análise.

Coincidentemente, um dia após a morte do garoto, foi divulgado o resultado do laudo da causa da morte de duas irmãs, também moradoras da Vila Nenzim, ocorrido no início de abril. As duas meninas haviam comido pirulitos e logo após, passaram mal. Elziane de Sousa Mendes, 7 anos, e Karine de Sousa Mendes, 5 anos, morreram por envenenamento, afirma laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Peritos do IML constataram que havia vestígios da substância conhecida como carbomato – espécie de inseticida nitrogenado – uma das formas de apresentação do vulgo ‘chumbinho’. O exame foi feito a partir de amostras das vísceras das duas crianças. “Pode-se confirmar que elas foram envenenadas. Pode ter sido a substância pura ou contida em algum alimento”, disse o superintendente de Polícia Técnico-Científica do Maranhão, Cássio Marques Freitas.

À época, relatos de populares davam conta de intoxicação por produto contido nos bombons, mas, o laudo do Instituto de Criminalística (Icrim) não encontrou nos doces qualquer substância que cause envenenamento. O laudo da morte das duas irmãs estava pronto há 15 dias, disse o superintendente Cássio Freitas, no entanto, a Delegacia Regional de Barra do Corda não havia sido informada. Hoje, a Regional enviará ao Icrim os bombons recolhidos no caso do garoto Rian e terá em mãos o laudo da morte das duas meninas. O corpo de Rian já está no IML para autópsia. O prazo para conclusão dos laudos não foi precisado. Somados, são três casos de morte de crianças registrados na mesma localidade desde abril, cujos relatos apontam características semelhantes.

SUSPEITAS
Em relação ao caso do garoto Rian, outra linha de investigação que vem sendo apurada pela polícia aponta como causa morte um problema de saúde pública. Antes de confirmado a causa de envenenamento pelo IML, foram colhidos o sangue das duas irmãs e detectada presença da bactéria do gênero leptospira, causadora da leptospirose. O exame foi feito por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Barra do Corda. No entanto, o delegado irá aguardar a conclusão do laudo do Icrim e IML para confirmar a real causa da morte de Rian. “Não podemos precisar o que pode ter causado a morte desta criança. Só há suspeitas. Teremos mesmo que aguardar os laudos”, ressaltou o delegado da Regional de Barra do Corda, que investiga o caso, Alexandro de Oliveira.

Ainda segundo o delegado, apesar dos casos terem ocorrido no mesmo bairro, houve um intervalo de quase um mês entre cada caso e “não há como fazer relação neste momento”.

Segundo o inquérito policial, Rian recebeu o bombom de um vizinho. O homem também teria ingerido o bombom e distribuído a dois sobrinhos - nenhum deles passou mal. O homem se apresentou espontaneamente para prestar esclarecimentos. Em conversa informal com a família, o delegado foi informado que o homem é um lavrador, vizinho e amigo da comunidade. O delegado chamará para interrogatório o pai do garoto, vizinhos e os dois sobrinhos do homem.

Os interrogatórios devem ser feitos ainda esta semana, mas, o pai da criança será inquirido na próxima semana. “O pai está ainda muito abalado e não achamos prudente interrogá-lo neste momento”, explicou o delegado Alexandro de Oliveira.

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