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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Bolsa tem pior resultado desde outubro de 2008

Sob impacto das incertezas provocadas pelo agravamento da crise na zona do euro, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu quase 12% em maio. Foi o seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008, quando a perda foi de 24,8%, no auge da crise global detonada pela quebra do banco americano Lehman Brothers.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, conseguiu mostrar melhora no fim do pregão de ontem, reagindo a rumores de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia estariam preparando um plano de socorro à Espanha. Fechou a quinta-feira em alta de 1,29%, em relação ao dia anterior.
Mesmo assim, o índice acumulou queda de 11,86% no mês. De longe, foi o pior opção de investimento no mês. No ano, também: o Ibovespa já acumula baixa de 3,99% desde janeiro.
“O cenário pessimista que se instalou desde a metade de março deste ano se agravou ainda mais em maio”, diz o administrador de investimentos Fabio Colombo. Ele ressalta que a crise da Grécia voltou à cena em razão da indefinição das eleições, trazendo dúvidas sobre o cumprimento de acordos financeiros e a permanência do país na zona do euro.
O fato provocou temores de contágio em relação a Espanha e Itália. Além disso, a mudança de governo na França e indicadores da China e Estados Unidos, confirmando o desaquecimento dessas economias, trouxeram mais nervosismo aos mercados.
“Como consequência, a maioria dos mercados acionários ao redor do mundo, inclusive o Brasil, apresentou perdas de até 15% em dólares no mês”, afirma o especialista. Ele acrescenta que os dados continuam a indicar fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012.
A piora do humor externo fez o dólar se fortalecer em relação às principais moedas no mundo. Ontem, a cotação da moeda americana subiu 0,10% em relação ao real e fechou o mês com alta de 5,82%, negociado a R$ 2,018. Foi o melhor desempenho no ranking de investimentos de maio.
As demais modalidades, que são aplicações a juros, como é o caso dos fundos DI, os de renda fixa, a caderneta de poupança e os CDBs, estão sofrendo achatamento de rentabilidade por causa redução dos juros no Brasil. “Estamos vivendo uma situação inédita de juros tão baixos no País”, argumenta Colombo. A poupança, por exemplo, rendeu 0,55% em maio, ante uma inflação projetada para o IPCA de 0,42%. Se comparar com o IGP-M, que foi de 1,02%, a poupança está negativa em 0,5%. De http://www.jt.com.br/seu-bolso/

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