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sexta-feira, 20 de abril de 2012

MUNDO: Governo do Sudão ameaça guerra contra o Sudão do Sul

O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, aumentou o tom e ameaçou guerra contra o Sudão do Sul, afirmando que iria ensinar “uma lição final à força” ao país independente, após o novo vizinho ocupar um disputado campo de petróleo. Ao mesmo tempo, um porta-voz das forças militares do Sul afirmou que o Sudão lançou pelo menos quatro ataques entre quarta e quinta-feira.
"Essas pessoas não entendem e nós vamos dá-los a lição final à força", afirmou Bashir à uma multidão em El-Obeid, capital da província de Kordofan do Norte. "Nós não vamos dar a eles nenhum centímetro de nosso país e quem quer que estenda sua mão ao Sudão, nós vamos cortá-la."
O Sudão do Sul se separou do resto do Sudão com o aval de Bashir em julho de 2011, sob termos de um acordo de paz de 2005. Mas, nas últimas semanas, a violência aumentou, alimentada por disputas territoriais e econômicas, por um impasse sobre o petróleo e por animosidade étnica.
Na semana passada, o Sudão do Sul tomou Heglig, um campo de petróleo próximo à fronteira dos dois países, alegando que é seu território de direito e que só irá se retirar se as Nações Unidas enviarem forças neutras para lá.
Bashir quer retomar a posse do petróleo, que afirma pertencer à província de Kordofan. Entretanto, ele deixa claro que a devolução não resolveria o conflito.
"Heglig não é o fim, mas o começo", afirmou o sudanês.
Na quarta-feira, Bashir disse que iria “libertar” o Sudão do Sul de seus governantes, o Movimento da Libertação do Povo do Sudão, que lutou uma longa guerra civil contra Cartum.
Um porta-voz do Sudão do Sul afirmou nesta quinta-feira que o governo do país não se considera em guerra com o Sudão, classificada como “uma nação amigável”.
O Exército do Sudão é muito mais desenvolvido e melhor equipado do que os antigos guerrilheiros que agora formam as forças militares do Sudão do Sul. Na terça-feira, uma batalha entre soldados dos dois países em um rio fronteiriço deixou 22 mortos.
A China, grande investidora dos dois países, expressou “sérias preocupações” sobre o aumento da tensão na região e pediu que os dois parem com o conflito e “mantenham a calma”.
"A China trabalhou duro para melhorar os problemas entre os dois e iremos continuar a trabalhar com a comunidade internacional em esforços de mediação", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Weimin. Da Agência O Globo

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