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sábado, 14 de abril de 2012

Do jeito que está...

Quem deita com a cabeça funcionando como um relógio, mas tranquila, como engrenagem lubrificada, e reflete um pouco antes de ferrar no sono, percebe que as coisas não andam bem. Sabe que corrupção sempre houve, mas no momento ela está completamente fora de controle, que não há mais limite, que está tão sem limite que chega até a causar vergonha, mas vergonha de si próprio, causar um mal-estar, um desconforto no íntimo do ser, bem lá no fundo, de ser conivente ou ser obrigado a tolerar isso tudo. Além da vergonha, causa preocupação com o nosso futuro, pois como educar nossos filhos para nos respeitarmos como pessoas, como sociedade, como comunidade?
Como dizer aos nossos filhos para serem honestos, honrados, se as referências, se homens de berço, bem educados, se juízes, se deputados, se senadores, se governadores, se presidentes da República do Brasil, se policiais, se médicos, enfim se nós todos, os mais velhos, os mais "sabidos", somos corruptos e corruptores? Alguém se atreve a dar-nos uma resposta, a mostrar-nos uma luz no fim do túnel?
Então, não é porque adoramos os militares, é uma questão de desespero, uma questão de não sabermos a quem pedir socorro. E o General tem toda razão: cada povo tem o governo que merece. O povo, nós todos, absolutamente todos nós, elegemos bandidos. Delegamos a nossa vontade, o nosso poder para bandidos e depois alegamos que fomos enganados, que fomos traídos em nossa confiança, ou muito convenientemente, e pedimos socorro. Como aquele que vê ondas gigantescas no mar e mesmo assim arrisca um mergulho, umas braçadas, e depois, já se afogando, em desespero, grita, clama pelo SALVA VIDAS. E o general alerta: o momento é de pedir socorro. Leia-se, atentamente, o trecho destacado abaixo: "O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.  Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia...
Certo, houve excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia. Chegar-se-ia a um consenso na conversa? Existia controle social para tal?"
Não se sabe o que vai acontecer, mas sabe-se que continuar como está não é mais possível. Então...
*Texto por Altamir Margrhraf, por e-mail, via Resistência Democrática.

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